Protesto de moradores bloqueia rodovias em Porto Alegre
Manifestantes pediram urgência em ações para escoamento de água em bairros inundados
Foto: Twitter/Reprodução
A enchente em Porto Alegre, que já completa 25 dias, esgotou a paciência de moradores e empresários de bairros da zona norte que seguem em situação de isolamento. Na manhã desta segunda-feira (27), dezenas de pessoas bloquearam a freeway e a BR-116 em protesto contra a prefeitura.
Sob chuva, eles pediam urgência nas ações para escoamento da água, uma vez que a região foi a primeira a inundar na cidade. Além de não poder voltar para casa e reabrir seus estabelecimentos, o deslocamento só é possível em barcos ou veículos do Exército. Gritando palavras de ordem, os moradores utilizavam baldes para retirar água das vias próximas à rodovia..
Estava prevista para o domingo (26) a instalação de uma quarta bomba flutuante – emprestada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) – na região da Estação de Bombeamento de Águas Pluviais 5 (Ebap 5), no bairro Humaitá. O serviço, porém, foi adiado, retardando o plano de aumentar o volume escoamento de água para o Lago Guaíba.
“Muitos motores foram para o processo de lavagem e de secagem, e voltam ao longo da semana. Nós não temos como precisar ainda os dias em que as casas de bombas voltarão a operar, mas ao longo da semana teremos um avanço”, afirmou o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss, à GZH.
Esse não foi o primeiro protesto de moradores na região. Na quarta-feira (22), cerca de cem moradores fizeram uma manifestação na freeway reclamando da negligência da prefeitura. Os manifestantes pediram a presença de autoridades para ouvir suas queixas. O prefeito Sebastião Melo (MDB), o ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta (PT), e da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Goés, foram até o local. Até aqui, as vítimas seguem em compasso de espera, enquanto a revolta aumenta.