Servidores de Campinas pressionam por recomposição salarial e valorização da categoria
Vereadora Mariana Conti (PSOL) apresenta projeto de reposição que considera tempo trabalhado na pandemia e cobra fim da precarização
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Os servidores públicos municipais de Campinas intensificaram sua mobilização para exigir a recomposição salarial diante das perdas acumuladas nos últimos anos, que já ultrapassam 35%. Entre as principais reivindicações da categoria estão a equiparação do vale-alimentação dos aposentados com o dos servidores da ativa, melhores condições de trabalho e um plano de cargos, carreiras e salários construído com transparência e participação dos trabalhadores.
Diante desse cenário, a vereadora Mariana Conti (PSOL) apresentou um projeto de recomposição salarial que leva em conta o tempo de serviço prestado durante a pandemia de Covid-19, um período que, segundo os servidores, não foi contabilizado para benefícios como quinquênios e progressões na carreira. Conti destaca que esses profissionais atuaram na linha de frente da crise sanitária, garantindo o funcionamento de serviços essenciais, e que o reconhecimento desse tempo é uma questão de justiça.
“Dário Saadi é inimigo dos servidores e dos serviços públicos! Enquanto os salários dos trabalhadores e das trabalhadoras segue achatado ano após ano, mal repondo a inflação, o prefeito teve a pachorra de apresentar um projeto que aumentava o salário dos presidentes das autarquias, cargos indicados por ele, em quase 60%. Os serviços públicos seguem sendo precarizados, com terceirização, ameaças, perseguição e assédio dos servidores. Temos recebido denúncias e perseguição e assédio na Ima, Sanasa, Ceasa e em toda as secretarias”, denunciou a vereadora.
Os trabalhadores também criticam a administração do prefeito Dário Saadi, que, segundo eles, prioriza o aumento de salários de cargos comissionados enquanto mantém os vencimentos dos servidores públicos defasados. Um dos pontos de maior indignação foi a proposta de reajuste de quase 60% para os presidentes de autarquias municipais, cargos indicados diretamente pelo prefeito, enquanto os servidores seguem sem reajuste real.
A mobilização ocorre em meio a denúncias de assédio e perseguição a servidores em órgãos como IMA, Sanasa, Ceasa e diversas secretarias municipais. Para Mariana, a única forma de garantir avanços é por meio da luta organizada dos trabalhadores.
“É com luta e mobilização que será possível confrontar o governo Dário e alcançar conquistas”, afirmou.