No Equador, ganha a direita e perde a democracia
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No Equador, ganha a direita e perde a democracia

Reeleição do direitista Daniel Noboa aconteceu em meio à denúncias de manipulação e fraude

Jorge Escalante 14 abr 2025, 14:46

Foto: Eleições equatorianas aconteceram no último domingo. (CNE/Reprodução)

Daniel Noboa foi reeleito presidente com 56% dos votos contra 44% de Luisa González. Mas sua vitória não foi eleitoral: foi institucional, midiática e repressiva.

Ele usou o Estado como ferramenta de campanha: decretou estado de emergência em sete províncias, impôs toque de recolher, militarizou as ruas e semeou o medo pouco antes das eleições. O objetivo? Desmobilizar o eleitorado popular.

De sua mansão, sem comemorar nas ruas, Noboa fez um discurso sem convicção. Mas o mais preocupante não é sua frieza, mas o uso do Conselho Nacional Eleitoral como escudo político. González exige uma recontagem, mas o sistema já se fechou para a contagem.

A mídia repete “a corrupção Correísta” enquanto mantém silêncio sobre a fortuna e os privilégios do clã Noboa. O Equador é hoje o país mais violento da América Latina. Mas, em vez de combater a causa raiz – a desigualdade -, o país opta por mais prisões, mais polícia e menos direitos.

Os jovens são as principais vítimas: desemprego, precariedade, criminalização. A educação pública é reduzida. O voto indígena, desmobilizado. E a esquerda, fragmentada.

Noboa venceu, sim, mas não em igualdade de condições. Não com democracia real. A máquina do medo, do privilégio, da concentração de poder venceu.

Luisa González anuncia a resistência. Mas a perspectiva é sombria: quando a democracia se torna um espetáculo controlado pelas elites, as urnas não são mais garantia de nada.

No Equador, a direita ganhou, mas a democracia perdeu.


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