PSOL contra retirada de direitos dos trabalhadores pela Prefeitura de Macapá
Nota da Executiva Nacional do PSOL se posicionando contra a tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores realizada pela Prefeitura de Macapá.
A Executiva Nacional do PSOL diante da proposta de Lei Orgânica da Prefeitura de Macapá defende a seguinte posição:
O PSOL não participou formalmente da coligação que foi eleita para a Prefeitura de Macapá, portanto, esta resolução trata da posição do Partido diante de Planos que retiram direitos dos trabalhadores e orienta nossas bancadas sobre o tema.
Este debate não é secundário e nem corporativo. O centro da agenda neoliberal dos governos no Brasil e no mundo é atacar os direitos dos trabalhadores. A política de Temer, dos Governadores e Prefeitos dos mais diversos partidos é de que a máquina está inchada e que é preciso cortar privilégios, senão a máquina vai para a insolvência. Em Porto Alegre, Marchezan do PSDB, tentou fazer mudança no Plano de Carreira dos servidores e até o momento não conseguiu. Tentou aumentar o IPTU e também não teve sucesso. Tanto aqui, como em qualquer município onde o PSOL está presente temos que ter um posicionamento claro contra esta agenda.
No caso específico de Macapá, fica claro que o projeto vai retirar direitos, senão não se justificava o Art. 248 e a afirmação que os direitos adquiridos seriam mantidos para os atuais servidores. Em seguida, diz que as “correções pontuais em leis complementares específicas para assegurar hamonização legal e cita o magistério, engenheiros, fisco, plano de carreiras.
Na sequência segue todos os itens que vão ser alterados ou extintos para os futuros servidores, numa clara posição de que o Plano de Carreira será alterado para pior. E com mudanças na Previdência dos mesmos:
- Adicional por Tempo de Serviço (assegurada progressão com diferença de 2% em cada referência/nível – Lei Orgânica);
- Adicional de Nível Superior;
- Auxilio especial de localidade;
- Auxilio-família;
- Auxilio por dependente com deficiência ou idoso de mais de 75 anos;
- Auxilio-natalidade (em cumprimento a Lei 9.717/99);
- Gratificação de representação (motorista);
- Gratificação de zelo patrimonial (operador de máquinas).
Disposições sobre remuneração alteradas:
- Fim do abono pecuniário (venda de 1/3 das férias);
- Férias serão pagas com 1/3 de adicional;
- Pagamento da metade do 13º até novembro de cada ano;
- Adicional de Pós-graduação: percentuais de 10, 20 ou 30%;
- Gratificação de Interiorização – 25%, na forma de Adicional de Interiorização;
- Salário-família – adequação constitucional.
Direitos Funcionais Alterados:
- Licença prêmio é substituída por licença-capacitação;
- Assistência à Saúde: ampliação das hipóteses de prestação;
- Disciplina das parcelas incluídas e excluídas do teto remuneratório;
- Licença adotante e licença maternidade;
- Ampliação da licença para pós-graduação a curso no município;
- Licença para tratamento de pessoa da família (adequação à lei federal);
- Idade para a aposentadoria compulsória passa para 75 anos;
- Limite de carga horária no caso de acumulação de cargos (60h semanais);
- Garantia para o servidor que denunciar irregularidades na Administração;
- Exclusão da aplicação da poupança como indexador de pagamentos em atraso.
Neste sentido a Executiva Nacional do PSOL rejeita a proposta de retirada de direitos dos servidores públicos municipais e é solidária a luta desses trabalhadores e suas representações sindicais.
— Executiva Nacional do PSOL (31 de dezembro de 2017)