“No meu governo, as Forças Armadas terão que pedir desculpas”

Na campanha de 2014, a posição de Luciana Genro mostrou como a luta pela democratização do país deve encarar o entulho autoritário da ditadura.

Luciana Genro 4 abr 2018, 01:21

 

A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, realizou uma visita ao Dopinha, em Porto Alegre, no final da manhã deste sábado (23). O casarão, localizado no número 600 da Rua Santo Antonio, funcionava como um centro clandestino de tortura durante a ditadura militar e será convertido, por pressão dos movimentos sociais, em um centro cultural para preservar e difundir a memória da resistência ao regime.

No local, Luciana Genro defendeu a revisão da Lei da Anistia, para que a Justiça possa responsabilizar penalmente os agentes civis e militares do Estado que cometeram violações aos direitos humanos durante o regime. “No meu governo, as Forças Armadas terão que pedir desculpas ao povo brasileiro pelo que fizeram durante a ditadura”, declarou.

A candidata disse que, atualmente, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica ainda possuem o entendimento de que não fizeram nada de errado durante a ditadura. Para ela, esse tipo de mentalidade coloca o país sob o risco de viver um novo período de exceção. “Ainda temos, nas Forças Armadas, a cultura de que era legítima a tortura diante da resistência do povo à ditadura”, comentou.

“Marina não é o que parece ser”

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo na tarde desta sexta (22), Luciana deixou claro que seu foco são os interesses populares e afimrou que é possível governar sem fazer balcão de negócios. “O modelo econômico que vem sendo implantado desde o governo Fernando Henrique Cardoso favorece somente o capital financeiro. Eu quero defender os interesses do povo, não quero defender os interesses do capital. Para isso tem o PT, o PSDB e a Marina”, diz a candidata.

Questionada sobre o impacto que Marina Silva pode ter em sua candidatura, Luciana declarou. “Eu vejo que a Marina é muito mais uma segunda via do PSDB do que uma terceira via de política. A essência da Marina não tem a ver com o que se reivindicou em junho de 2013. O programa dela é muito ortodoxo e não prevê grandes mudanças. “Marina não é o que parece ser. Ela tem uma história de vida muito bonita e respeitável. Mas o Lula também tinha e deu no que deu”, afirma Luciana.

Reportagem publicada pelo Sul21 em agosto de 2014.


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Autores

Camila Souza