Para não esquecer do movimento estudantil chinês

Janela para ser conquistado regime socialista autêntico foi fechada a base de sangue e repressão.

Roberto Robaina 5 jun 2019, 16:10

Há 30 anos atrás acompanhei, pela televisão, as mobilizações de massas de toda a China, torcendo pelo movimento estudantil de Pequim, vanguarda indiscutível do processo. Era a ocupação da Praça da Paz Celestial. Tratava-se de uma luta democrática mas com conteúdo politico coletivista, igualitarista, não capitalista nem imperialista. Os estudantes perderam. O capitalismo de estado se impôs. 

É claro que se a China hoje é um país cujo PIB pode logo competir com o dos EUA, sendo a segunda potencia mundial, isso se deve não apenas a exploração da força de trabalho chinesa, mas também, e sobretudo, a concentração de riquezas nas mãos de um estado que planificou o desenvolvimento econômico, feito viabilizado pela revolução socialista de 1949. 

Mas em 1989 se abriu uma janela para se conquistar um regime socialista autêntico, uma democracia socialista. A janela se abriu por pouco tempo e uma pequena fresta indicava está hipótese. Mas ela foi fechada bruscamente. Com repressão. Com sangue. Com os métodos da burocracia e do stalinismo. 

A derrota do movimento estudantil chinês veio acompanhada, meses depois, por levantes no mundo do chamado leste europeu e na então União Soviética. Mas a consciência democrática já estava dissociada do conteúdo igualitarista em países como Alemanha, Hungria, Romênia, República Tcheca e nos países da ex-URSS. Derrotas anteriores, tentativas de revoltas políticas derrotadas por burocracias corruptas e violentas nestes países, da mesma forma que foi derrotada a primavera de Pequim, já haviam feito o serviço nefasto de produzir o divórcio entre a luta por liberdades democráticas e o igualitarismo, como se fosse possível verdadeiramente um sem o outro. Este atraso histórico na consciência de milhões produziu patologias sociais para as quais estamos tratando de encontrar soluções. Assim, estamos ainda pagando caro pelos efeitos do stalinismo em todas as suas variantes.


TV Movimento

Encontro Nacional do MES-PSOL

Ato de Abertura do Encontro Nacional do MES-PSOL, realizado no último dia 19/09 em São Paulo

Global Sumud Flotilla: Por que tentamos chegar a Gaza

Importante mensagem de três integrantes brasileiros da Global Sumud Flotilla! Mariana Conti é vereadora de Campinas, uma das maiores cidades do Brasil. Gabi Tolotti é presidente do PSOL no estado brasileiro do Rio Grande do Sul e chefe de gabinete da deputada estadual Luciana Genro. E Nicolas Calabrese é professor de Educação Física e militante da Rede Emancipa. Estamos unindo esforços no mundo inteiro para abrir um corredor humanitário e furar o cerco a Gaza!

Contradições entre soberania nacional e arcabouço fiscal – Bianca Valoski no Programa 20 Minutos

A especialista em políticas públicas Bianca Valoski foi convidada por Breno Altman para discutir as profundas contradições entre a soberania nacional e o arcabouço fiscal. Confira!
Editorial
Israel Dutra | 07 out 2025

A Flotilha deu um exemplo de coragem! Seguiremos denunciando o genocídio na Palestina!

Após a libertação da delegação brasileira das prisões israelenses, seguimos na luta em defesa da Palestina!
A Flotilha deu um exemplo de coragem! Seguiremos denunciando o genocídio na Palestina!
Publicações
Capa da última edição da Revista Movimento
A ascensão da extrema direita e o freio de emergência
Conheça o novo livro de Roberto Robaina!
Ler mais

Podcast Em Movimento

Colunistas

Ver todos

Parlamentares do Movimento Esquerda Socialista (PSOL)

Ver todos

Podcast Em Movimento

Capa da última edição da Revista Movimento
Conheça o novo livro de Roberto Robaina!

Autores