Por que Ibaneis veta a Praça Marielle Franco?
Não há duvida que o veto de Ibaneis é uma sinalização ao clã Bolsonaro. E também à sua base conservadora.
Hoje repercutiu a notícia de que o governador do DF vetou a praça Marielle Franco, projeto de autoria do deputado Fábio Felix, aprovado na CLDF ano passado.
Em texto, ele alega que Marielle não contribuiu com a realidade do DF, e que isso não contribui com uma “tradição” instituída. Nada mais falso.
Em primeiro lugar, há vários exemplos que desmentem o governador. Temos a praça do cantor Leandro, praça Alziro Zarur, homenagem ao Roberto Marinho, Ayrton Senna. Além disso, Brasília não é uma cidade qualquer, é a capital federal.
Estranha que mais de 150 lugares públicos no mundo todo homenageiam Marielle, mas que aqui isso não faça sentido. O legado de Marielle transcende fronteiras, se tornou ícone da luta por direitos humanos.
Talvez por ser capital que se justifique esse veto. A vida de Marielle foi marcada por enfrentar os poderosos. Sua trajetória inspira as novas gerações, sobretudo mulheres, negras, negros e periféricos a enfrentar os podres poderes. Até hoje sua história, e a motivação por traz desse crime, faz alguns tremerem, bem no centro do poder.
Não há duvida que o veto de Ibaneis é uma sinalização ao clã Bolsonaro. E também à sua base conservadora. Segue com mais força do que nunca a pergunta: Quem mandou matar?
Também estranha o silêncio da administração de Brasília sobre essa decisão revoltante.
A praça Marielle não precisa de aval do governador. Seguirá a luta na CLDF pra derrubar o veto. Mas dia 14 de março, independente disso, iremos ocupar e inaugurar a praça para dizer com toda a força: sua luta vive em nós, sua luta vive em Brasília e em todo país.