Testes e os profissionais de saúde
São milhões de profissionais de saúde no Brasil que necessitam de cuidado.
Os institutos de virologia, a Organização Mundial da Saúde e especialistas recomendam, é hora de ampliar o número de exames feitos na população, pois é a única maneira de monitorar e reduzir a possibilidade de contágio. Segundo o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus “não é possível combater o vírus sem saber onde ele está”.
A Alemanha, até o momento, tem baixa mortalidade. A explicação se dá por ter evitado a disseminação da doença, talvez, pelo fato de o diagnóstico ter ocorrido no começo. Na Coreia do Sul são realizados cerca de 70 mil exames por semana.
O governador do estado de São Paulo, João Doria, montou uma rede para fazer 2.000 testes por dia (insuficiente, mas é o começo) para identificar infectados pelo coronavírus. Assim, segue a orientação de testar, testar e testar. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está encaminhando testes rápidos para diagnósticos do covid-19, que permitem a leitura dos resultados em aproximadamente em 15 minutos.
Os testes devem ser realizados nos profissionais que estarão em contato físico com o portador do covid-19, entre eles, profissionais da saúde, da segurança e familiares.
As mulheres são 85% dos profissionais da área de saúde e estão na linha de frente no combate à pandemia. Porém, as denuncias da falta de equipamentos de proteção se espalham pelo país, como a máscara N95 (o filtro bloqueia até 95% das partículas em suspensão). Ainda, falta aventais, álcool gel, sabão e papel. Isso sem falar no stress e cansaço no final da jornada de trabalho de cada dia.
No Brasil, são milhões de profissionais de saúde e, como seguir os protocolos sem as condições materiais necessárias. O Ministério da Saúde tem protocolo que exige dos profissionais que ao atenderem casos suspeitos ou infectados deveriam ter gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara, avental impermeável de mangas longas e luvas de procedimento. No entanto, as denúncias ocorrem em todo país, desde de Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Recife e Curitiba.
As informações são dramáticas, quando na Itália quase 10% de todos os contaminados pelo conoravírus são profissionais da saúde. Com isso, também cresceu o número de vítimas, na medida em que ficaram expostos ao vírus sem proteção.
Antes tarde, do que nunca, o governo anunciou que irá disponibilizar 22,9 milhões de testes rápidos. Os testes distribuídos até o momento foram de 30 mil, isto é, completamente insuficiente frente ao quadro pandêmico.
Portanto, queremos a garantia de que serão disponibilizados de imediato aos profissionais da saúde e da segurança. Estes têm contato direto com pessoas com sintomas, ou mesmo, aquelas que estão assintomáticas e que igualmente podem contagiar ao portar o vírus. O teste evitará que haja surtos e, os casos constados devem ser encaminhados para o isolamento imediato.