As provas são fartas: Bolsonaro tem que cair
Nenhum projeto eleitoral pode se sobrepor a agenda urgente e dramática que existe no país.
Nesse dia 12 de maio as partes do inquérito que foi aberto junto ao STF para apurar as denúncias realizadas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro tiveram acesso ao vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril no palácio do Planalto.
O vídeo que estava em posse do Planalto e este relutou apresentando três pedidos ao Ministro Celso de Melo para que não fosse juntado ao inquérito, ainda que o vídeo seja mantido em sigilo processual, com acesso apenas para as partes interessadas, hoje Sergio Moro e outras partes do inquérito assistiram o conteúdo e algumas fontes repassaram aos grandes meios de comunicação do país o que assistiram.
Não há como esconder o miliciano Bolsonaro no dia 22 de abril repreendeu Moro na frente de todos os ministros e ministras, incluso os militares e disse usando palavrões que não ia aceitar a polícia federal ameaçar a família dele e amigos segundo uma dessas fontes revelou.
O presidente em meio a pandemia reúne todo o ministério para justamente enquadrar Sérgio Moro para que altere os agentes da polícia federal, no caso o direto da Polícia Federal Maurício Valeixo e o superintendente da PF do RJ e o vídeo juntado ao inquérito releva que Bolsonaro falou com todas as letras que isso era para proteger sua família e seus amigos no Rio de Janeiro.
Isso é um crime, a advocacia administrava, nenhum agente público pode advogar internamente nas instituições para qualquer interesse seu o de seus familiares está tudo aí para quem quiser ver.
Portando apenas pegando esse elemento temos as mensagens do presidente que o próprio deixou as câmeras flagrarem ele indignado com Sergio Moro pelo fato de 12 deputados do PSL estarem sendo investigados por crimes e participação dos atos pró golpe militar, ainda o depoimento conforme o que adiantou Sergio Moro em seu ato de demissão confirmados em depoimentos a PF.
Agora o vídeo da reunião de 22 de abril de Bolsonaro e seus ministros e toda a história se confirma, o presidente miliciano pressionou o então ministro da justiça a mudar o diretor geral da PF, o superintendente do RJ e só não nomeou Ramagem para diretor da PF seu amigo íntimo tal qual Queiroz porque o STF proibiu liminarmente em decisão do Ministro Alexandre de Moraes pelo manifesto desvio de finalidade pública de tal ato.
A república já não pode esconder o elefante embaixo do tapete, o limite está claro ou as instituições emergidas da Constituição de 88 dão uma resposta ou Bolsonaro e seu plano populista de extrema direita vai aparelhar todas as instituições, o sonho de todo bom Bolsominion.
Mas é preciso destacar que a indignação contra esse governo se acelera. Mesmo em meio a um luto nacional nossa classe via os grandes guerreiros da saúde se levantam.
Houve atos em todo o Brasil demarcando o dia internacional das enfermeiras e enfermeiros nesse dia 12 de maio, respeitando as regras de distanciamento, os atos demarcaram pautas como falta de EPIs, respeito aos profissionais da saúde, falta de condições de trabalho, além da memória dos enfermeiros e enfermeiras que perderam suas vidas.
É preciso que todas as forças democráticas de maneira urgente se unifiquem em torno de um pedido de impeachment, um plano sanitário para combatermos a crise do coronavírus e de combate à desigualdade social que se aprofunda garantindo renda e amparo a todos e todas.
A pesquisa de avaliação do governo Bolsonaro realizada pela CNT/MDA revela que o pêndulo da vontade do povo mudou para a desaprovação do governo, 55% desaprovam contra 39% os que aprovam.
Não há mais o que se esperar nenhuma vaidade, nenhum projeto eleitoral para 2020 ou 2022, pode se sobrepor a agenda urgente e dramática que existe no país.
As forças sociais e políticas do país precisam dar um passo adiante pois a situação não cabe mais o que se esperar, os que lavam as mãos o fazem em cima de muitos corpos. O país marcha a passos largos para o abismo junto com a reputação da famílicia Bolsonaro.