Pandemia, crise e a urgência do feminismo

Os efeitos da pandemia da Covid-19 e a crise a partir de um olhar feminista.

Giovanna Marcelino e Nathalie Drumond 3 ago 2020, 15:07

Segundo dados do Ministério da Saúde, 58% das vítimas da Covid-19 são do sexo masculino. No entanto, a atual crise sanitária é mais nociva às mulheres, sobretudo trabalhadoras e negras, como revelam dados divulgados em abril pela ONU. Isso é nítido, em primeiro lugar, pela própria composição do principal setor que está na linha de frente do enfrentamento da pandemia em todo o mundo, o dos trabalhadores da saúde, dentre os quais 70% são do gênero feminino. Em segundo, pela forma como o agravamento do cenário econômico e social tem atingido a vida das mulheres, com o aumento do desemprego e da fome, a necessidade de suspensão das aulas nas escolas, creches e universidades, o crescimento do teletrabalho que, consequentemente, sobrecarregam o trabalho doméstico. E, como se já não bastasse o risco de exposição ao vírus e à maior vulnerabilidade econômica e social, as mulheres também ficaram mais sujeitas à violência doméstica. Ao permanecer em casa com parceiros potencialmente agressores e ao estarem mais distantes de sua rede de apoio, elas passaram a ficar mais expostas a toda sorte de violências. Só na cidade de São Paulo, por exemplo, os registros de violência contra a mulher aumentaram 30% no mês de março. Um cenário que ganha contornos ainda mais graves a nível nacional ao termos um presidente que não só se nega a garantir políticas sociais, como debocha de maneira altiva dos próprios riscos da pandemia, por meio de posições negacionistas. 

Mas o fato é que se a atual crise agravou problemas sociais, econômicos e políticos, deteriorando as condições de vida das mulheres e da classe trabalhadora de maneira geral, ela também tem escancarado o quanto eles são fruto de contradições próprias da lógica neoliberal. Assim, ela tem aberto fissuras que favorecem a luta contra a extrema-direita e contra a precarização de serviços públicos como saúde e educação; contra o total desamparo da força de trabalho, revelando a necessidade de mais medidas de proteção social, de uma alternativa política e de um projeto estratégico de superação do sistema. Como disse Luciana Genro em seu artigo,

(…) a pandemia desnudou o governo mais obscurantista do planeta. Mas se olharmos um pouco mais à distância vamos ver que a pandemia desnuda também um sistema econômico perverso, cuja crise já vinha empobrecendo a maioria do povo em benefício daqueles 1% que vão muito bem, obrigada. Mesmo os governantes que não vivem nas trevas como Bolsonaro, a exemplo de Eduardo Leite aqui no Rio Grande do Sul, insistem em “abrir” a economia a todo custo, inventando bandeiras e critérios que só servem para mandar os mais pobres voltar ao trabalho enquanto os mais bem situados na pirâmide social podem fazer “home office”.[1]

Assim, pode-se dizer que a atual crise representa um desafio para a própria esquerda – especialmente para as forças anticapitalistas – para que aproveite as debilidades que o neoliberalismo apresenta nesse momento e avance com um programa que enfrente o aprofundamento da precarização do trabalho, a privatização do sistema de saúde, a implementação do ensino à distância; que evite um novo ciclo de endividamento e empobrecimento das famílias; que combata a intensificação da lógica de descarte das vidas negras; que afaste a xenofobia e enfrente a violência contra as mulheres e a LGBTQ+; e que impeça a devastação da biodiversidade e dos recursos naturais – consequências prováveis caso se confirme como resposta à atual crise ainda mais neoliberalismo.

Apesar de existir uma tendência hegemônica de aprofundamento das políticas neoliberais, ela se depara constantemente com a sua própria negação. Isso é muito visível entre as mulheres, que sentem de maneira aguda as contradições abertas desde a crise de 2008 (que evidenciam como o modelo neoliberal ameaça sobremaneira a vida) e demonstraram desde então muita disposição para lutar contra elas. Como as mulheres (especialmente as negras e da classe trabalhadora) têm um lugar especial nas tarefas de cuidado, elas não apenas são as mais atingidas, como essa experiência pode conduzi-las à uma consciência sobre a necessidade de lutar pela vida (em suas amplas dimensões), assumindo um papel importante na resistência ao sistema capitalista.

Neste sentido, é possível que a pandemia suscite conclusões como estas em escala ainda maior. Além disso, à medida em que o direito ao isolamento não foi garantido a uma parte importante das mulheres – como às trabalhadoras da saúde, domésticas, de supermercado, da limpeza – recai sobre elas um risco de morte superior, reforçando o papel delas como sujeito na luta social neste período. Neste texto, tentaremos abordar o quanto esta realidade está relacionada a algo que as feministas marxistas há tempos estão dizendo: o trabalho de cuidado – voltado à reprodução biológica, social e geracional da vida – é parte fundamental da reprodução do capitalismo. E essa é uma questão central tanto para compreendermos as dimensões da atual crise em que vivemos, como para enxergarmos vias de superá-la, entendendo o papel particular das mulheres nesse processo.

A reprodução social como chave para compreender e superar a crise

O tema da reprodução social foi especialmente desenvolvido a partir de uma interpretação feminista dos escritos de economia política marxistas no bojo da segunda onda do feminismo e de novas leituras da obra do Marx que surgiram a partir dos anos 1960[2]. Ela foi recolocada em primeiríssimo plano após a batalha do capital contra a vida aberto pela crise de 2008 e que ganhou maior audiência no atual momento de pandemia e na esteira das reflexões sobre o papel de destaque que o movimento de mulheres adquiriu nos últimos anos[3].

Como analisa uma das adeptas da chamada “Teoria da Reprodução Social”, a historiadora e ativista indiana Tithi Bhattacharya, a crise do coronavírus escancarou de maneira muito acelerada o quanto todas as atividades e instituições vinculadas ao trabalho de reprodução e manutenção da vida (hospitais, escolas, creches, serviços de alimentação, limpeza, cuidado dos idosos etc.) são essenciais para a sociedade. E o fato é que além de serem infraestruturas e tarefas majoritariamente sustentadas por mulheres elas são historicamente desprezadas, não-pagas, mal remuneradas ou mesmo não reconhecidas como trabalho, mas sem as quais não existiria reprodução da força de trabalho e, consequentemente, desenvolvimento capitalista.[4] Trata-se, portanto, de um conjunto de atividades que não só mantém a vida coletiva e garantem que exista força de trabalho socializada e saudável para a reprodução do capitalismo, como são realizadas em condições muito precárias, especialmente após anos de privatização e de deterioração dos serviços públicos e dos recursos naturais. E a questão é que, à medida em que a pandemia deu visibilidade a essas atividades, revelou ao mesmo tempo quem são as pessoas que as realizam e o quanto, sem o trabalho que elas desempenham, a sociedade simplesmente paralisaria. Pois, sob a quarentena, os chamados trabalhos essenciais, realizados especialmente pelas mulheres são justamente os que não param.

Enxergar isso é importante, em primeiro lugar, para atuarmos sobre o presente. Lutar pelas vidas que estão sendo colocadas em xeque pela pandemia é uma tarefa central. Para isso, é preciso reconhecer e valorizar antes de mais nada as próprias trabalhadoras que as garantem: enfermeiras, parteiras, cuidadoras, trabalhadoras domésticas, da limpeza, caixas de supermercado, que são, em sua maioria, trabalhadoras informais, negras, pobres e imigrantes, e que seguiram trabalhando, mesmo sob o risco de contaminação, para garantir a manutenção da vida.

Além disso, o tema da reprodução social também ajuda a compreender o futuro que está em disputa a partir do cenário da pandemia, e muitas autoras adeptas dessa perspectiva já tem levantando hipóteses sobre o sentido e significado de várias mudanças que entraram em curso, no âmbito da economia, do mundo do trabalho e da socialização. Como apontam a economista e socióloga Veronica Gago e Luci Cavallero, integrantes do coletivo Nem Uma a Menos na Argentina, na verdade, o futuro está sendo criado agora mesmo, se pensarmos como a medida de confinamento e a reconfiguração das formas de trabalho e de consumo que ela implica (com o teletrabalho, o “home-office”, a escola e universidade em casa, as compras por aplicativos) pode levar a uma reestruturação das relações sociais, de classe, dos parâmetros de renda, das relações de gênero, tendo como ponto de partida o próprio âmbito da reprodução. Nesse sentido, o espaço do lar – que sempre foi objeto de debate e politização das feministas – pode tornar-se uma espécie de “laboratório do capital” de outra forma de organização do trabalho, tendo em vista a tendência deste de aproveitar a crise justamente para flexibilizar ainda mais as relações trabalhistas e super-explorar o espaço doméstico, tornando-o uma “casa-fábrica”, que funciona todos os dias da semana, sem limites de horário, com baixos custos para o capital:

Interiores com pouco espaço, saturados com cargas familiares, agora também devem ser produtivos em trabalhos que há alguns dias eram feitos em escritórios, fábricas, oficinas, comércios, escolas e universidades. Há uma exigência de hiperatividade enquanto nos movemos menos. O capital minimiza os custos: nós, trabalhadorxs, pagamos o aluguel e os serviços de “nosso” local de trabalho; nossa reprodução social se não “precisamos” de transporte para ir trabalhar fica mais barato; enquanto o delivery por aplicativos assegura logísticas precárias de entrega.[5]

Desse modo, apesar do trabalho remoto em casa não ser uma realidade para a maioria das famílias da classe trabalhadora (e para estas, a pandemia sem dúvida tem efeitos ainda mais drásticos), pode-se dizer que a quarentena de uma maneira geral amplificou a cena da reprodução social, evidenciando ainda mais as leituras feministas como uma peça chave para se pensar uma política anticapitalista. Além de apagar as linhas e fronteiras entre produção e reprodução, a pandemia trouxe outros tantos impactos nas próprias formas de sociabilidade, combinando isolamento social com um excesso de conectividade e comunicação através de uma ampla gama de redes e mídias sociais. Como destacam a filósofa e pesquisadora italiana Cinzia Arruzza e Felice Mommetti, apesar de não ser ainda possível visualizar totalmente o legado e a transformação profunda que a pandemia deixará na vida social, “é inteiramente possível que as formas do que Foucault rotularia de “tecnologias do eu”, de subjetivação e de comunicação se tornem ainda mais híbridas do que em tempos recentes, na direção de uma maior convergência de encontros e linguagens “reais” e “virtuais”. E esta é uma tendência que podemos enxergar a partir de nossas próprias experiências, com o uso mais frequente de plataformas digitais de notícias e entretenimento, cada vez mais acessadas em tempos de isolamento, que contribuem de maneira significativa para a “digitalização” da vida, para a mudança de comportamentos, relações e hábitos[6].

Por uma agenda feminista (hoje, amanhã e depois da pandemia)

Além de central para pensarmos o presente e o futuro das sociedades capitalistas, o tema da reprodução social também nos dá pistas sobre uma agenda necessária nesse momento de crise, para disputarmos o sentido das mudanças que estão em curso. Do ponto de vista mais imediato, torna-se muito importante, em primeiro lugar, a aprovação de medidas de proteção social que dirimam o intenso sofrimento das populações mais vulneráveis em nosso país, a exemplo da aprovação da renda emergencial – cuja emenda, elaborada pelo PSOL, foi decisiva para que esse benefício fosse assegurado às famílias monoparentais chefiadas por mulheres[7]. Entretanto, ainda que a adoção de políticas de bem-estar como esta possa neste momento frear em partes uma política de cortes e austeridade que vinha em curso, só conseguiremos derrotá-la a partir do enfrentamento a dimensões estruturais do neoliberalismo, já que todos os problemas que se tornaram mais evidentes nesse momento de pandemia – a realidade precária dos sistemas de saúde e educação pública, a condição de superexploração do trabalho, a necropolítica de Estado responsável pelo genocídio da população negra e periférica, o aumento da violência doméstica sob o isolamento – são decorrência direta de uma forma de organização social que subordina a vida das pessoas à lógica do lucro. Nessas condições, a estratégia do “keynesianismo com data de expiração”, como bem colocam Arruzza e Mommetti, é absolutamente insuficiente ao se furtar de enfrentar a raiz do problema: a relação capitalista entre produção e reprodução.

Assim, se a luta contra a deterioração da vida já era importante antes da pandemia, ela se tornou ainda mais crucial e certamente seguirá tendo uma enorme centralidade, especialmente em seu estágio neoliberal, quando constantemente se desestabiliza a reprodução da força de trabalho pelo imperativo de “salvar a economia” (algo bastante contraditório, diga-se de passagem, já que é justamente o trabalho humano a fonte de riqueza da sociedade). Assim, enquanto o neoliberalismo seguir com sua tendência de espoliação como forma de garantir seus padrões de acumulação, haverá luta pela vida. E o fato é que esse tem sido um dos principais eixos das mobilizações que emergiram de maneira bastante intensa nesse mesmo instante da pandemia, a exemplo da mobilização das louváveis enfermeiras e dos profissionais da saúde, da multiplicação de inumeráveis campanhas de solidariedade ativa e de ações comunitárias nas periferias, e, mais recentemente, a insurreição protagonizada pela negritude nos Estados Unidos e a paralisação dos trabalhadores de aplicativos no Brasil, dois grandes acontecimentos que – em proporções distintas – mudaram qualitativamente os rumos e deram uma nova perspectiva para a luta social.

E o fato é que todas elas tem um enorme potencial anticapitalista, ao escancarar e se contrapor diretamente a face mais cruel desse sistema – sua política de morte. A insurreição negra que surgiu como resposta ao assassinato de George Floyd pela política, por exemplo, não só modificará todo o curso das eleições presidenciais norte-americanas como deu novo impulso para a luta de classes a nível internacional. E não à toa foi uma mobilização iniciada pela pauta racial, desencadeada após anos de lutas travadas contra o racismo e a brutal violência policial, e que ganhou um novo patamar devido ao próprio fato de serem os negros os que mais morrem e perdem empregos nessa pandemia[8]. Para o caso do Brasil, temos o trágico exemplo da morte do pequeno Miguel. A reação à sua morte e a solidariedade à sua mãe, Mirtes, serviram também êmulo à mobilização no país. A percepção sobre as condições de maior vulnerabilidade e precarização da vida foi também o que motivou a paralisação dos entregadores de aplicativos no Brasil, justo no momento em que o serviço prestado por eles se tornou ainda mais essencial.

As mulheres como protagonistas da luta anticapitalista e da renovação da esquerda

A luta pela vida está no centro das principais mobilizações recentes pelo mundo. Junto a elas, também têm emergido não só importantes pautas para um programa, mas novos atores que podem dar substância para a construção de uma alternativa, em meio ao processo de  recomposição e auto-organização da classe que se encontra em andamento.

Ao lado da luta antirracista e do precariado, o feminismo sem dúvida é um dos motores fundamentais dessa construção. Pois, na medida em que estão na linha de frente dos trabalhos essenciais da saúde, educação, assistência social e sanitária, e que a atual crise atingiu em cheio as atividades de reprodução e manutenção da vida, as mulheres assumiram uma posição estratégica na luta contra o capitalismo[9]. Nesse sentido, elas não são apenas as mais afetadas pela atual pandemia, mas também as que têm demonstrado maior disposição de luta nesse momento, com uma alta capacidade de escancarar as contradições do sistema – um papel que não carregam em si, em essência, mas que é derivado justamente da função que cumprem em sociedade. Ou seja, as mulheres não só são uma parcela importante da classe trabalhadora e uma das frações mais exploradas dessa classe (algo que só aumentou com a chamada “feminização” do trabalho), como elas são potencialmente um sujeito político fundamental; pois, do ponto de vista prático, se elas – que são metade da população e responsáveis por parir e cuidar da outra metade – param de realizar o trabalho reprodutivo, não existe reprodução de força de trabalho. Ou seja, se os trabalhadores não nascerem, se alimentarem, socializarem e não estiverem em condições plenas de saúde, simplesmente não há trabalho. E constatar isso apenas reforça o quanto a esfera da reprodução é um terreno fundamental da luta política, tendo em vista que, pensar a reprodução, especialmente na atual crise, significa, antes de mais nada, falar sobre a vida e o nosso futuro.

E o fato é que o nosso futuro está em aberto. Pode ser que os desdobramentos da atual crise acarretem num mundo mais desigual, individualista, digital e menos presencial, violento, caso a saída de corrigir as graves contradições criadas pelo modelo neoliberal com medidas ainda mais neoliberais consiga se estabelecer. Mas isso não está dado, e a pandemia também colocou na ordem do dia a urgência de um projeto que reivindique a proteção da vida e a necessidade de se desenvolver maiores e melhores políticas de amparo como prioridade. Como bem arriscou a antropóloga Débora Diniz, em entrevista à Folha de São Paulo, o atual cenário também tem mostrado o quanto as mulheres e os valores feministas terão centralidade para a disputa de alternativas para o mundo pós-pandemia:

O mundo pós-pandemia vai ser um mundo em que os valores feministas vão fazer parte do nosso vocabulário comum. Porque a melancolia que estamos vivendo, da casa, da espera, do medo, da perda, da morte, colocou o desamparo no centro dos debates sobre política e economia. Nunca a economia falou tanto sobre desamparo quanto agora. E não há salvação se não criarmos mecanismos coletivos de amparo. (…) Deve ser um mundo no qual vamos ter de falar da nossa sobrevivência e da nossa interdependência. Teremos de falar de cuidados, proteção social, saúde. Nós acreditávamos na uberização do mundo, que poderíamos ser autossuficientes. Mas as mulheres sempre souberam que não podemos ser autossuficientes, porque todos são filhos de uma mãe, todos precisamos ser cuidados para existir e persistir. Essa pandemia mostrou isso com toda crueldade.[10]

Nesse sentido, é de suma importância reconhecermos o feminismo como um lugar a partir do qual têm sido germinado de maneira intensa e frutífera bases importantes para um projeto anticapitalista. A pandemia escancarou o papel das mulheres e elas continuam lutando, formando a primeira linha da resistência, dando sequência a toda a energia e politização prévia que foi acumulada desde o ciclo de lutas sociais abertas pela crise de 2008 e pela Primavera Feminista. Mas precisamos dar um passo além, canalizando toda a nossa insatisfação em luta por um tipo de sociedade que nos dê vida e futuro, não morte e colapso social e ambiental. Por isso, as mudanças que estão em aberto e em andamento na atual fase do neoliberalismo devem ser acompanhadas de uma atualização do marxismo e da política anticapitalista, atenta às questões postas em nossa época. Para tanto, a luta das mulheres, dentre elas as trabalhadoras e negras, é um ponto de partida fundamental. E a esquerda radical, mais do que nunca, precisa estar à altura dessa tarefa.


[1] GENRO, L. Um olhar feminista sobre a pandemia. Revista Movimento, 2020. Disponível em: https://movimentorevista.com.br/2020/06/um-olhar-feminista-sobre-a-pandemia/.

[2] Uma importante referência na constituição desse debate é a socióloga estadunidense Lise Vogel, em seu livro Marxism and the Oppression of Women, de 1983.

[3] ARRUZZA, C.; BHATTACHARYA, T.; FRASER, N. Feminismo para os 99%: um manifesto. São Paulo: Boitempo, 2019.

[4] BHATTACHARYA, T.; JAFFE, S. Reprodução social e pandemia – entrevista com Tithi Bhattacharya. Revista Movimento, 2020. Disponível em: https://movimentorevista.com.br/2020/04/reproducao-social-e-a-pandemia-com-tithi-bhattacharya/.

[5] GAGO, V; CAVALLERO, L. Dívida, habitação e trabalho: uma agenda feminista para o pós-pandemia. Laboratório de teorias e práticas feministas (PACC/UFRJ), 2020. Disponível em: https://medium.com/@estelarosa/d%C3%ADvida-habitação-e-trabalho-uma-agenda-feminista-para-o-pós-pandemia-9776cad9c302.

[6] ARRUZZA, C.; MOMMETTI, F. Governance and Social Conflict in a Time of Pandemic. Viewpoint Magazine, 2020. Disponível em: https://www.viewpointmag.com/2020/04/09/governance-and-social-conflict-in-a-time-of-pandemic/

[7] Ver, por exemplo, “O que Sâmia está fazendo para ajudar os brasileiros durante a pandemia?”. Disponível em: https://samiabomfim.com.br/2020/04/iniciativas-ajudar-brasileiros-durante-pandemia/.

[8] Em Chicago, por exemplo, 30% dos moradores são negros. Mas metade dos casos confirmados e 70% das mortes relacionadas ao coronavírus são de pacientes negros. Em Michigan, 14% da população é negra, mas um terço dos casos e 40% das mortes são de pacientes negros.

[9] Sobre as mulheres como um sujeito estratégico da luta anticapitalista hoje, ver “Por um feminismo anticapitalista: mulheres na linha de frente da resistência e da construção de uma alternativa”. Disponível em: https://movimentorevista.com.br/2019/05/por-um-feminismo-anticapitalista/

[10] DINIZ, D. Mundo pós-pandemia terá valores feministas no vocabulário comum. Folha de São Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/04/mundo-pos-pandemia-tera-valores-feministas-no-vocabulario-comum-diz-antropologa-debora-diniz.shtml.


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