Nota de Apoio aos Trabalhadores da FAU-USP que lutam pela vida
Em nota, os mandatos de Sâmia Bomfim, Luana Alves, Mônica Seixas e AtivOz manifestam seu apoio às trabalhadoras da FAU-USP compulsoriamente convocadas ao retorno do trabalho presencial em meio a um dos piores momentos da pandemia.
Quem luta pela vida, respeita os protocolos de segurança contra a covid 19, principalmente o distanciamento social
A Universidade de São Paulo já perdeu mais de 30 funcionários para a Covid, é nesse contexto em que ocorreu hoje, dia 25/05, ato, convocado pelo SINTUSP, na FAU-USP, onde a diretora, Ana Lucia Duarte Lanna, que mandou estender na entrada da faculdade uma faixa ostentando “Luto pela Vida”, convocou compulsoriamente várias funcionárias da biblioteca para voltarem ao trabalho presencial a partir do dia 18/05, mês seguinte ao pior de toda pandemia, diante da possibilidade de uma terceira onda.
Pior que a convocação compulsória, nesse momento, foram a justificativa (a atividade “emergencial” é uma mudança de itens de acervo da biblioteca); a recusa da diretora a conversar com funcionárias para estabelecer uma escala mínima (que considerasse fatores como menor circulação possível de pessoas na biblioteca, necessidade de uso de transporte público, vacinação, etc); e, pior, o corte do salário de algumas funcionárias que se recusaram a arriscarem suas vidas diante da ameaça do vírus e da falta de um mínimo de diálogo da direção a faculdade.
Sabemos que os “gestores” da USP, desde os reitores, passando pelos superintendentes, até os diretores de Unidade, há muito tempo, se recusam a dialogar sobre quaisquer temas com a comunidade universitária, ao passo que desenvolvem meios de punir as pessoas que insistem em lutar por uma Universidade democrática e que busque garantir seus direitos mais básicos.
Não podemos tolerar o corte do salário, prática que a USP adotou nas últimas greves para inibir o direito de trabalhadoras e trabalhadores de se manifestarem legal e legitimamente diante da falta de transparência e diálogo da reitoria, e que agora a diretora Ana Lanna, da FAU-USP, utiliza para cercear o direito das funcionárias lutarem por sua saúde e suas próprias vidas!