O PSOL tem alternativa pra SP: Vamos com Mariana Conti governadora!
O cenário eleitoral de 2022 está finalmente se delineando, com as forças políticas buscando seus arranjos diante de uma conjuntura adversa para a classe trabalhadora. Bolsonaro, apesar de fragilizado, continua no poder aplicando seu programa de perversidades, e Lula, apesar de simbolizar uma esperança para grande parte dos brasileiros, já tem seu compromisso prioritário com […]
O cenário eleitoral de 2022 está finalmente se delineando, com as forças políticas buscando seus arranjos diante de uma conjuntura adversa para a classe trabalhadora. Bolsonaro, apesar de fragilizado, continua no poder aplicando seu programa de perversidades, e Lula, apesar de simbolizar uma esperança para grande parte dos brasileiros, já tem seu compromisso prioritário com setores da burguesia que sempre foram antipovo, como o próprio cotado a vice, Geraldo Alckmin.
Em São Paulo, os tucanos nunca estiveram tão frágeis na disputa do governo, o que se relaciona com o próprio deslocamento de Alckmin para o PSB e a falta de popularidade de Dória que não consegue emplacar seu sucessor. Nesse sentido, se abre uma oportunidade de se dirigir ao povo paulista nas eleições, apresentando uma alternativa real de governo, uma alternativa que seja capaz de contribuir pra derrota do Bolsonaro a nível nacional e construir a resistência no nosso Estado.
O PSOL é o partido que tem, além de bons nomes com enraizamento na classe trabalhadora, o programa necessário para combater a fome, valorizar o SUS, propor outro modelo de segurança pública, dentre outras bandeiras que posicionam bem o partido como alternativa de esquerda. Boulos se provou, nas últimas eleições municipais como principal referência do PSOL no Estado de SP, portanto sua pré candidatura foi aprovada por unanimidade no último Congresso Estadual. Entretanto, Boulos retirou sua pré candidatura para concorrer a uma vaga no congresso nacional. É uma decisão legítima, mas discordamos dos pressupostos apresentados por Boulos, já que uma condição importante para o PSOL estar fortalecido para vencer a cláusula de barreira, seria exatamente ter uma candidatura própria que expressasse o programa de todo o partido. Quando Boulos fala em unidade da esquerda aqui no Estado também se deve ter cautela, já que Alckmin com toda sua ingerência sobre São Paulo, não vai deixar morrer o legado tucano de governo e, portanto não definiu ainda se dividirá palanque com Haddad ou se lançará Márcio França, mas em qualquer uma das possibilidades, não haverá ruptura com o tucanato, haverá acomodação. E o PSOL não pode ser parte dessa concertação.
Dentre tantas figuras que poderiam cumprir a tarefa da disputa do Governo do Estado, temos a chance de fazer história, lançando uma mulher jovem, feminista, servidora pública e conectada com as lutas do povo. Defendemos a manutenção da decisão sobre candidatura própria do PSOL no Estado, e desde já, batalharemos para que Mariana Conti, vereadora mais votada de Campinas em 2020 seja a pré candidata do PSOL.
A pré candidatura de Mariana Conti pode ajudar o partido no posicionamento na disputa do Governo Estadual, sendo um polo de união dos lutadores com outros partidos de esquerda e movimentos sociais. Essa pré candidatura desde o início também será um polo de luta pela derrota do Bolsonaro, do bolsonarismo e da extrema direita no Brasil e no mundo. Provavelmente deve ser a única ou uma das poucas mulheres concorrendo ao Governo nessa eleição. Manteremos viva a luta de nossa última candidata ao governo Lisete Arelaro, um exemplo de lutadora que nos deixou há pouco, que sendo também a única mulher na disputa ao governo em 2018, representou o PSOL com altivez. Mariana Conti está mais do que preparada para assumir essa tarefa lado a lado da militância do PSOL.