Votar em Lula para derrotar Bolsonaro, mas confiar apenas na força da luta dos trabalhadores, do povo e da juventude

Votar em Lula para derrotar Bolsonaro, mas confiar apenas na força da luta dos trabalhadores, do povo e da juventude

Nota da Executiva Nacional do Movimento Esquerda Socialista (MES-PSOL).

Executiva Nacional do MES/PSOL 7 maio 2022, 13:07

O Movimento Esquerda Socialista (MES), corrente fundadora do PSOL traz a público sua posição. Somos parte integrante do bloco de esquerda do PSOL, que conta com 44% da direção partidária e vamos dar uma batalha política de forma independente. 

O MES coloca todas as suas forças militantes para derrotar Bolsonaro, o genocida que por uma verdadeira tragédia nacional acabou vencendo as eleições presidenciais de 2018. O déspota agora quer a reeleição para seguir seu projeto de genocídio e de destruição nacional, levando a retirada de direitos dos trabalhadores e a derrota dos movimentos críticos organizados. Sua reeleição seria, portanto, uma derrota da luta da classe trabalhadora, bem como institucionalizaria ainda mais a violência e a impunidade. Bolsonaro tem uma estratégia golpista e coloca seu movimento político a serviço dessa estratégia.

Lutamos pela derrocada do governo até agora sem esperar as eleições, razão pela qual impulsionamos as mobilizações pelo Fora Bolsonaro e fomos os proponentes do primeiro pedido de impeachment do carrasco, que contou com a assinatura de mais um milhão de pessoas. Infelizmente, a força que ainda detém a hegemonia nas correntes e partidos que reivindicam representar a classe trabalhadora, a direção do PT e seus satélites, há muitos meses fez a opção central de desativar as mobilizações de rua e levar o enfrentamento para o terreno eleitoral.

Em 2022 entramos neste terreno e agora a campanha está no centro da disputa nacional.

Os candidatos que nossa corrente apresenta pelo Psol terão como prioridade o chamado a votar contra Bolsonaro, e atualmente estamos organizando os comitês domésticos pelo Bolsonaro Nunca Mais. No interior do PSOL, defendemos que o partido deveria apresentar no primeiro turno seu próprio candidato e que a candidatura tivesse como prioridade atacar frontalmente a Bolsonaro e apresentasse as propostas do partido para sair da crise, como a revogação das reformas neoliberais e a taxação das grandes fortunas. Usar o espaço do PSOL para atacar Bolsonaro e organizar sua militância seria a melhor forma de ajudar na eleição de Lula, que reconhecemos ser o único nome que hoje pode derrotar Bolsonaro. 56% contra 44% preferiu abrir mão do tempo e do espaço do PSOL para apoiar Lula desde o primeiro turno.

Nossa corrente não só respeita a decisão da Conferência Eleitoral Nacional do PSOL, como também estará na campanha do candidato a presidente Luis Inácio Lula da Silva. Mas ao contrário deste setor do PSOL, que tem tido como eixo de seu chamado ao voto o apoio às formulações do programa e da política do PT, apresentando Lula como líder da esquerda, nosso chamado ao voto será centrado na explicação de que Bolsonaro não pode seguir. Para conquistar uma vida melhor, é preciso impedir que os espaços democráticos sejam confiscados. O caminho da mudança passa por derrotar Bolsonaro, com mobilização de modo organizado para seguir lutando depois das eleições para combater a extrema-direita e pelas demandas populares que somente serão obtidas na luta independente, sem confiar nas classes dominantes e seus governos, sejam eles dito de direita ou de esquerda.

Por isso entramos na campanha sem qualquer negociação por cargos e participação num futuro governo. A decisão da conferência nacional do partido não autoriza negociações dessa ordem e seremos vigilantes quanto à sua aplicação. Agora é mãos à obra.


TV Movimento

Global Sumud Flotilla: Por que tentamos chegar a Gaza

Importante mensagem de três integrantes brasileiros da Global Sumud Flotilla! Mariana Conti é vereadora de Campinas, uma das maiores cidades do Brasil. Gabi Tolotti é presidente do PSOL no estado brasileiro do Rio Grande do Sul e chefe de gabinete da deputada estadual Luciana Genro. E Nicolas Calabrese é professor de Educação Física e militante da Rede Emancipa. Estamos unindo esforços no mundo inteiro para abrir um corredor humanitário e furar o cerco a Gaza!

Contradições entre soberania nacional e arcabouço fiscal – Bianca Valoski no Programa 20 Minutos

A especialista em políticas públicas Bianca Valoski foi convidada por Breno Altman para discutir as profundas contradições entre a soberania nacional e o arcabouço fiscal. Confira!

A história das Internacionais Socialistas e o ingresso do MES na IV Internacional

Confira o debate realizado pelo Movimento Esquerda Socialista (MES/PSOL) em Porto Alegre no dia 12 de abril de 2025, com a presença de Luciana Genro, Fernanda Melchionna e Roberto Robaina
Editorial
Israel Dutra | 12 set 2025

O 11 de setembro de nossa esperança – a prisão (finalmente) decretada do genocida Bolsonaro

A condenação de Jair Bolsonaro e todo núcleo duro do golpismo é uma vitória democrática, que deve ser comemorada com a "guarda alta"
O 11 de setembro de nossa esperança – a prisão (finalmente) decretada do genocida Bolsonaro
Publicações
Capa da última edição da Revista Movimento
A ascensão da extrema direita e o freio de emergência
Conheça o novo livro de Roberto Robaina!
Ler mais

Podcast Em Movimento

Colunistas

Ver todos

Parlamentares do Movimento Esquerda Socialista (PSOL)

Ver todos

Podcast Em Movimento

Capa da última edição da Revista Movimento
Conheça o novo livro de Roberto Robaina!

Autores