Parlamentares do PSOL veem ‘motivo político’ da polícia na conclusão de inquérito da morte de petista no PR

Parlamentares do PSOL veem ‘motivo político’ da polícia na conclusão de inquérito da morte de petista no PR

Polícia Civil indiciou bolsonarista por homicídio duplamente qualificado e descartou motivação política.

Tatiana Py Dutra 15 jul 2022, 15:11

“Não há provas de que ele voltou para cometer crime político”, afirmou a delegada Camila Cecconello, responsável pela investigação do assassinato do dirigente petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. O guarda municipal foi atacado durante sua festa de aniversário, que tinha temática lulista, no sábado (9).

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (15), para relatar as conclusões do inquérito, ela anunciou o indiciamento do o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo a outras pessoas. E por mais que admitisse que o assassino foi ao local por “para provocar” os participantes da festa, já que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse não haver provas suficientes para constatar que houve crime de ódio.

A conclusão está gerando debate em todo o país. Isso porque, de acordo com a investigação, Guaranho só foi ao local após ver, em imagens de câmeras de segurança, que no clube que frequentava estava sendo realizada uma festa petista. Além disso, o desfecho do inquérito em menos de sete dias, sem a avaliação de laudos periciais, é considerado apressado por juristas, pela família das vítimas e por políticos.

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) qualificou a situação como “escandalosa”

“A Polícia Civil concluiu que não houve motivação política no assassinato de Marcelo Arruda. O homem gritou “aqui é BOLSONARO” antes de atirar na vítima, mas isso nada tem a ver com política??? Me poupe! Não pode haver impunidade! Esse foi um assassinato político!”

A deputada Vivi Reis (PSOL-PA) acredita que a rapidez da Polícia Civil em indicar uma motivação para o crime – como ocorreu nos assassinatos de Bruno e Dom, no Amazonas -, esconde um desejo de negar que o discurso de ódio de Jair Bolsonaro insufle seus seguidores.

“Essa conclusão já demonstra que a motivação é política, sim!”, escreveu a parlamentar em suas redes sociais.

O deputado distrital Fábio Felix (PSOL-DF) ainda protestou contra a justificativa da delegada para não apontar crime de ódio. Para ela, Guaranho só retornou armado ao local porque se sentiu “humilhado” por Arruda, que havia revidado a invasão jogando terra em seu carro, atingindo sua esposa e um bebê.”

A polícia do Paraná tá culpando o Marcelo Arruda, que não tá mais vivo para se defender, por ele ter sido assassinado”, concluiu Felix.


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