Categorias da saúde na luta em São Paulo
Pelo piso salarial da enfermagem e pela unidade da luta das diferentes categorias da saúde. Em defesa do SUS 100% público e melhores condições de trabalho
Foto: SIMESP
O Núcleo de Saúde do Movimento Esquerda Socialista (MES/PSOL) em São Paulo vem acompanhando uma série de lutas relacionadas a categorias da saúde na última semana.
Nesta segunda-feira dia 26 de junho o Sindicato do Médicos de São Paulo, SIMESP, chamou paralisação e ato na frente da secretaria municipal de saúde. A pauta principal seria o pagamento do reajuste integral com o retroativo desde a data base. O sindicato patronal das OSS (SindHosfil) até este momento se nega a pagar o valor retroativo. Para além da pauta econômica imediata, foi possível observar uma insatisfação geral dos médicos paralisados com as condições de trabalho. Um novo dia de paralisação já foi marcado para o dia 03/07.
Vale ressaltar que no município de São Paulo existe uma predominância de serviços terceirizados de saúde que operam em uma lógica produtivista, com equipes muitas vezes subdimensionadas nos serviços. Essa situação leva a um sentimento de descontentamento e sobrecarga generalizada sobretudo em um período pós pandemia de aumento da demanda em saúde.
Ainda esta semana estão programadas mobilizações dos servidores estaduais por reajuste salarial e em apoio à aprovação no STF do Piso Salarial da Enfermagem no dia 28/06 e o SindSaudeSP tem marcada assembleia de campanha salarial para o dia 30/06 com indicativo de paralisação para o dia 03/07.
É possível que nesta segunda-feira dia 03/07 tenhamos uma experiência de certa unificação de categorias da saúde em mobilizações. Para nós estimular essa unificação é de extrema importância para o avanço da luta na saúde que sofre com uma fragmentação marcante, reflexo de uma fragmentação histórica das categorias e de um atual modelo de gestão privatista na saúde pública.