Movimento Pretas convocará autoridades para discutir situação de São Sebastião (SP)
Diligência foi aprovada na Comissão de Habitação da Alesp, que quer ouvir Sabesp, CDHU e o prefeito do município, atingido por fortes chuvas em fevereiro
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A Comissão de Habitação, Desenvolvimento e Reforma Urbana da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, no dia de 28 de julho, o pedido do Mandato Movimento Pretas, que exige visita aos moradores atingidos pela tragédia de São Sebastião, por parte da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), da Sabesp e do próprio prefeito da cidade.
O pedido veio após a realização de Audiência Pública, ocorrida na Alesp, no último dia 31 de maio, na qual o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, e nenhum representante da Sabesp compareceram.
“A população quer ser ouvida e não há solução plausível sem este diálogo. Não fomos ignorados somente na Audiência Pública, estivemos em frente a prefeitura juntamente com os atingidos há alguns meses e encontramos as portas fechadas”, afirma Karina Correia, codeputada estadual pelo Mandato Movimento Pretas.
O intuito é fazer com que os principais responsáveis ouçam os principais interessados, ou seja, a população local, para a elaboração de medidas efetivas e construtivas No início de junho, por exemplo, a chuva alagou área que terá casas para desabrigados em tragédia no litoral paulista.
“As pessoas têm pressa e querem dignidade para viver. Moradia segura, escola, saúde e educação é o mínimo que o Estado pode oferecer. Queremos acompanhar e intermediar o diálogo da CDHU, da Sabesp e do prefeito com a população para tirarmos soluções urgentes para a população local”, finaliza a deputada Monica Seixas, proponente da convocação.
A tragédia
Entre a noite de 18 de fevereiro e a manhã seguinte, dia 19, choveu na região mais de 600 milímetros. O acumulado, segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), foi o maior já registrado no país. O grande volume de água devastou parte das cidades da região, causou mortes, deslizamentos de encostas, alagamentos, destruiu casas e estradas.