Deputada Camila Valadão atua sobre o tema da imigração nigeriana no Espírito Santo
A deputada estadual do PSOL oficiou a Secretaria Estadual de Direitos Humanos e a Polícia Federal sobre a situação dos imigrantes nigerianos no estado
A deputada e presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) Camila Valadão (PSOL) oficiou, na tarde desta quinta-feira (13), a Secretaria Estadual de Direitos Humanos (SEDH) e a Superintendência Regional da Polícia Federal do Espírito Santo acerca dos quatro imigrantes nigerianos resgatados na última segunda-feira (10), no Porto de Vitória. Os homens foram encontrados pela Polícia Federal escondidos na casa de leme da embarcação em péssimas condições de saúde, com possíveis sinais de desidratação e sem se alimentarem há dias.
No ofício encaminhado à SEDH, a parlamentar solicitou à secretária da pasta, Nara Borgo, informações sobre as ações que estão sendo tomadas pelo governo do estado pela garantia e proteção dos direitos dos imigrantes resgatados. Já o enviado ao superintendente da Polícia Federal, Eugênio Ricas, Valadão questionou acerca das medidas tomadas pela PF no resgate dos nigerianos e solicitou informações sobre a situação dos resgatados como condições de saúde, abrigo e alimentação.
“O resgate de imigrantes e refugiados é um tema complexo e que demanda esforços conjuntos para enfrentarmos esse desafio humanitário. Como presidenta da Comissão, oficiei as pastas para compreender melhor a situação para a adoção das medidas cabíveis na perspectiva da garantia dos direitos humanos e justiça para estes homens resgatados”, diz a deputada e presidenta do colegiado, Camila Valadão. “Vale dizer ainda que é extremamente importante respeitarmos o direito deles de solicitarem refúgio no Brasil caso pensem necessário”, finaliza.
Entenda o caso
Na manhã de segunda-feira (10), quatro imigrantes de origem nigeriana foram resgatados pela Polícia Federal no Porto de Vitória. Eles estavam escondidos na casa de leme de uma embarcação que havia saído da Nigéria no fim do mês de junho. Acredita-se que os homens estavam há dias sem se alimentarem e sem beberem água. Apesar de informarem serem do país africano, os imigrantes não possuíam documentação que comprovassem a origem e identidade.