Luciana Genro e Roberto Robaina contra a terceirização de monitores das escolas públicas
Prefeitura de Porto Alegre quer contratar funcionários enquanto 140 concursados esperam para assumir seus postos
Foto: Ascom Luciana Genro
Contra a terceirização, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e o vereador Roberto Robaina (PSOL) estiveram presentes no ato dos monitores da rede municipal, que são contra a terceirização da área. O protesto aconteceu na sexta-feira (18) em frente à prefeitura de Porto Alegre.
Recentemente, a prefeitura anunciou que vai contratar novos monitores para as crianças atípicas nas escolas públicas, o que poderia ser uma boa notícia, porém, eles pretendem fazer isso de forma terceirizada. Além do problema da precarização que envolve o processo de terceirização, ainda há a questão das 140 pessoas que foram aprovadas em um concurso público – ainda válido – para a área e que não foram nomeados até hoje. Os aprovados reivindicam a nomeação, assim como outros profissionais da educação que se preocupam com a terceirização da área, já que muitas vezes, nesse processo, pessoas são colocadas para realizar tarefas para as quais não possuem a qualificação certa, algo que, nesse caso, pode afetar muito as crianças da rede municipal.
Luciana Genro, que tem sido voz ativa tanto na luta por educação pública de qualidade, quanto na luta por direitos das crianças atípicas destacou o absurdo da situação.
“São 140 profissionais qualificados para atender e acompanhar essas crianças e já aprovados no concurso público, esperando pela sua nomeação, enquanto a prefeitura busca terceirizar a área. Além de ser uma ação sem sentido, mostra um descaso gigante com a educação e com as crianças atípicas e suas famílias”, disse a parlamentar.
Durante o protesto, monitores relataram que o projeto foi feito sem que a prefeitura escutasse a opinião da comunidade, das mães, dos alunos ou dos profissionais da educação, no ato ainda puxaram um grito: “Ninguém vai nos calar!”.
Eles também relatam que a situação atual está insustentável, com um monitor para cinco crianças. A presidente e fundadora do Projeto Social Angelina Luz, Érika Rocha, reforçou que não pode ser permitida a contratação de pessoas não qualificadas, já que isso pode prejudicar de diversas formas as crianças.
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