Fora Traiano e punição a Plauto Miró Guimarães!
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Fora Traiano e punição a Plauto Miró Guimarães!

Políticos que ‘pediram a cabeça do deputado Renato Freitas (PT) sao investigados em escândalo de corrupção no Paraná

Leandro Santos Dias 12 dez 2023, 12:00

Foto: Nani Gois/Alep

Na sessão plenária de 9 de outubro, Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Renato Freitas (PT) chamou de corrupto o deputado e presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD). Logo em seguida, Traiano apresentou pedido de cassação do deputado por quebra de decoro parlamentar.

O caso vem sendo amplamente divulgado pela mídia paranaense, ganhando muita repercussão devido ao fato de Traiano e do ex-deputado Plauto Miro Guimarães (União Brasil) terem conseguido liminar na Justiça proibindo reportagens sobre o tema.

Traiano e Plauto, que se revezam na mesa da Alep há décadas, admitiram ao Ministério Público do Paraná que receberam propina na ordem de R$ 100 mil cada do esquema no contrato da TV Assembleia, assinando um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) em dezembro de 2022.

Renato apresentou sua defesa na Comissão de Ética na Alep, anexando parte do processo que contém a delação do empresário Vicente Malucelli, homologada pelo Tribunal de Justiça do Paraná, sobre o esquema. Com a repercussão, a Justiça derrubou a liminar que proibia a publicação de reportagens sobre Plauto e Traiano, que é do mesmo partido do governador Ratinho.

Os deputados terão que pagar R$ 187 mil a título de reparação,em parcela única – afinal, dinheiro eles têm. Plauto, por exemplo, é herdeiro de sesmarias no século XVIII em Ponta Grossa e região.

A delação

Conforme notícias da imprensa e trechos da delação, o empresário Vicente Malucelli teria sido contratado por Plauto e Traiano perto do momento de renovação do contrato de R$ 11 milhões de reais para produções da TV Assembleia. A licitação foi ganha em novembro de 2012, num contrato de 36 meses (renováveis por mais 24. O delator relata que, em agosto de 2015, esteve com Traiano e Plauto, então presidente da Alep e primeiro-secretário, respectivamente.

Os dois deputados pediram R$ 300 mil em propina e, após falarem com o acionista do Grupo Malucceli, Joel Malucelli, o valor foi fechado em R$ 200 mil. 

O fato é que tanto MP quanto Tribunal de Justiça do Paraná também devem explicações sobre o caso. Afinal, não estamos falando de um mero caso de corrupção, mas do fiel escudeiro do governador Ratinho e presidente da Alep, Ademar Traiano.

Plauto Miró perdeu o mandato em 2022, interrompendo seguidas reeleições desde 1994, quando foi eleito pelo PFL. Plautinho, como é conhecido pelo ponta-grossense, entrou na cena política tendo como inspiração o avô Flávio Carvalho Guimarães, o único senador que Ponta Grossa teve de 1946 a 1955, seu pai Plauto Miro Guimarães foi prefeito de Ponta Grossa nos tempos da ditadura, em 1966. Uma típica família aristocrática de Ponta Grossa. 

A piada por aqui é se alguém tem dúvida de quem é o “dono da terra”. É o Plauto. Seu pai, como não poderia ser diferente, se destacou nas décadas de 60, 70 e 80 na fundação da UDR e no combate aos sem-terra. O sangue desses trabalhadores escorre pela sala da família Guimarães.

Hipócritas

Os deputados Ademar Traiano e Plauto Miró Guimarães se revezam na mesa da câmara há décadas, Plauto nunca concorreu à presidência da Alep, mas foi primeiro-secretário por muitos anos. Parecia que a cadeira era dele de forma vitalícia.

Nessa condução da mesa da Alep, sempre foram duros com movimentos sociais, votando e encaminhando tudo que o governo de plantão precisava, passando por Beto Richa e agora com o governo Rato. De discurso duro, enfrentavam categorias em greve, levantes dos estudantes e servidores, atacando-os e chamando-os de vagabundos.

Eles estavam lá no massacre do centro cívico e, junto com Francischini, tiveram que sair de camburão da Alep em 2015, quando professores e servidores lotaram as ruas para lutar contra o pacote de maldades do então governador Beto Richa que fez uma série de ataques aos setores do funcionalismo, tendo como destaque a previdência.

São defensores natos das escolas cívico-militares que vêm avançando no Paraná, além de sempre estarem ao lado das medidas antipovo do governador Ratinho (PSD).

Plauto aparece na operação Quadro Negro, que levou o ex-governador Beto Richa a prisão. O caso envolve o desvio de mais de R$ 20 milhões que deveriam ser utilizados em reformas de escolas. O dinheiro acabou aparecendo na campanha de Richa e aliados.

Como podemos ver a casa caiu! Plauto, que foi fulminado pelo caso Quadro Negro, já nem se reelegeu em 2022 para seu vigésimo mandato de deputado estadual, mas Traiano precisa ser cassado imediatamente.

Cresce a pressão da sociedade paranaense pelo afastamento da presidência da Alep de Traiano. Assim, é necessária uma ampla aliança entre partidos, movimentos, ativistas dos direitos humanos, pela cassação do mandato desse corrupto covarde e pela punição ao escravocrata Plauto Miró Guimarães.

O “Fora Traiano e Punição a Plauto Miró Guimarães” é pelos que foram massacrados no 29 de abril de 2015, pelos sem-terra assassinados por esses escravocratas que se apossam do poder como se apossam de nacos gigantescos de terra.

Não dá para aceitar que esse escândalo seja varrido para baixo do tapete. É preciso ganhar as ruas pelo FORA TRAIANO E PUNIÇÃO A PLAUTO MIRÓ GUIMARÃES.


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