PSOL aciona MP para revogar avaliação de diretores com base em ‘meritocracia’
Tarcisio Marco Galvão Alesp

PSOL aciona MP para revogar avaliação de diretores com base em ‘meritocracia’

Sâmia Bomfim, Mônica Seixas e Luana Alves afirmam que iniciativa do governo Tarcísio pode instalar clima de medo e abrir espaço para assédio moral e demissões arbitrárias

Redação da Revista Movimento 30 jan 2024, 12:09

Foto: Marco Galvão/Alesp

Parlamentares do PSOL – a deputada federal Sâmia Bomfim, a deputada estadual Mônica Seixas e a vereadora Luana Alves – entraram com ação no Ministério Público de São Paulo contra uma resolução do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) que pretende avaliar o desempenho dos diretores escolares com ênfase na “meritocracia”.

Conforme a portaria publicada na semana passada, os diretores que não alcançarem um índice considerado satisfatório poderão enfrentar penalidades, como a perda do cargo ou a transferência para outra unidade. Entre os critérios de avaliação dos profissionais estão a frequência dos estudantes da unidade escolar, a participação em avaliações bimestrais, uso de plataformas digitais e índice de vulnerabilidade da escola.

No requerimento direcionado à Promotoria de Educação na sexta-feira (26), as parlamentares solicitam a abertura de uma investigação para apurar possíveis irregularidades na referida portaria. Elas argumentam que, ao estabelecer critérios “materialmente inviáveis” para avaliar o desempenho dos gestores, a Secretaria de Educação abre espaço para práticas como assédio moral institucional, medo e constrangimento, indo de encontro aos princípios éticos e legais. Além disso, as deputadas expressam a preocupação de que, após a conquista da estabilidade, os servidores possam ser alvo de demissões arbitrárias, motivadas por interesses políticos ou pela tentativa de reprimir mobilizações e greves.

As parlamentares ainda avaliam a possibilidade de acionar o Tribunal de Contas do Estado contra a resolução. Mônica Seixas, inclusive, apresentou um projeto de decreto legislativo para revogar a política na Assembleia Legislativa.

O que prevê a resolução

De acordo com o governo do Estado, a política atende aos princípios da meritocracia e da busca contínua pela excelência no campo educacional, contribuindo para aprimorar e qualificar a gestão das escolas estaduais paulistas. A avaliação será conduzida bimestralmente pelas diretorias de ensino, resultando em notas de 0 a 10 para os profissionais, sendo considerada insatisfatória uma pontuação inferior a 5.

Diretores com nota insatisfatória podem ser removidos para outra unidade escolar ou para a sede da diretoria de ensino, designados a voltar para o cargo de origem (professor) ou submetidos a um curso de capacitação.

A proposta tem a digital do secretário Renato Feder, que implantou sistema semelhante  quando esteve à frente da Educação no Paraná, entre 2019 e 2022, no governo Ratinho Júnior (PSD). A iniciativa é vista com reservas por entidades da categoria e especialistas no ramo.


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Pedro Micussi