Osasco: por que retiramos a pré-candidatura do Higor Andrade para prefeito
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Osasco: por que retiramos a pré-candidatura do Higor Andrade para prefeito

Desde o final do ano passado, o MES e aliados buscaram construir uma candidatura própria que fosse capaz de unificar o partido e defender o programa do PSOL

Via Ativoz

Ao nosso ver, fazia sentido o partido que sempre teve candidatura própria na cidade manter essa tradição justamente quando tem um mandato de vereadora e força eleitoral bastante significativa. Infelizmente, não foi possível encontrar um nome de consenso, portanto, o militante e covereador Higor aceitou se apresentar como pré-candidato e ser o porta-voz de um programa com pontos mínimos para uma candidatura de esquerda e voltado para os interesses dos trabalhadores, da juventude e de toda Osasco.

A maioria do PTL (bloco partidário que em Osasco congrega Revolução Solidária, Primavera, Insurgência e Resistência) já tinha uma definição de apoio ao deputado estadual do PT Emídio há muitos meses. A Insurgência declarou, a princípio, que poderia defender a candidatura própria, mas não caminhou no sentido de efetivar essa possibilidade.

Não é claro qual tática eleitoral teria maioria no diretório, mas qualquer resultado poderia dificultar a unificação do partido. Dessa forma, retiramos a candidatura, mas reafirmamos o nosso programa. Defenderemos o diálogo com o Emídio baseado na discussão de pontos programáticos fundamentais e rejeitamos a tentativa de um apoio automático e anterior a qualquer indicação de que a candidatura do Emídio aceitará incorporar o nosso programa.

Pontos Programáticos:

  1. Passe Livre Universal
    Centenas de cidades no Brasil já optaram pelo passe livre universal. Está na hora de Osasco oferecer a livre mobilidade com ônibus menos poluentes e adaptados para todos. Os anos de domínio da Urubupungá e da Viação Osasco precisam acabar!
  2. Câmera nos uniformes de todos os GCMs
    É preciso interromper a transformação da Guarda Municipal em polícia repressiva. É preciso suspender os convênios de treinamento com a ROTA, repensar o programa de treinamento da tropa e instituir a obrigatoriedade da câmara nos uniformes.
  3. Reverter as OSs na Saúde
    Estamos vivendo um momento difícil na Saúde de Osasco. As UBSs e os grandes equipamentos de referência como o Hospital Antonio Giglio e a Maternidade Amador Aguiar estão recebendo muitas e justas críticas. Está na hora de colocar a saúde como prioridade número 1 e, para isso, é importante que a gestão seja pública.
  4. Implantação do Conselho LGBTQIA+
    É um absurdo que ainda não se tenha implementado um conselho LGBTQIA+ em Osasco para discutir políticas públicas e fortalecer o respeito às LGBTs na cidade. É sabido que existe um forte lobby de alguns grupos evangélicos conservadores contra a efetivação desse direito, e está mais do que na hora de enfrentar esses interesses.
  5. Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial com expansão de acordo com o preconizado pela lei 10216/2001 e pela port. 3.588/2017
    A luta antimanicomial segue viva e infelizmente nos últimos anos tivemos retrocessos no tema da saúde mental. As comunidades terapêuticas são entidades voltadas para o lucro, muitas delas são controladas por organizações religiosas conservadoras.

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Autores

Pedro Micussi