Em ato de censura, Milei retira do ar sites de emissoras da mídia pública
Censura

Em ato de censura, Milei retira do ar sites de emissoras da mídia pública

Presidente argentino havia prometido, em campanha, acabar com rádios e TVs estatais

Redação da Revista Movimento 22 maio 2024, 14:21

Frame: TV Pública Argentina

Uma ameaça feita durante a campanha eleitoral argentina está se tornando real nos últimos meses: acabar com a mídia pública no país. Na terça-feira (21), o governo Javier Milei deu ordem para retirar do ar os sites e perfis das redes sociais de veículos públicos. Perderam presença nas redes emissoras como a Televisión Pública e a Radio Nacional da Argentina.  A Agência Telám, principal veículo de comunicação público do país, está fora do ar desde o início de março, quando os trabalhadores foram dispensados.

O sindicato de trabalhadores que representa esses veículos afirma que a medida configura censura contra a mídia pública. De acordo com comunicado publicado pelas mídias nesta terça, a decisão de “pausar temporariamente” os canais digitais tem como objetivo reorganizar os canais para “melhorar a produção, realização e difusão dos conteúdos que geram”.

“Se unificam os critérios de difusão em redes socais e se reiniciará a comunicação digital logo após uma reorganização interna das empresas”, complementou o comunicado.

O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBa) rechaçou a medida e defendeu que o governo está passando por cima do Senado argentino com a intervenção nos meios públicos.

 “Denunciamos esta nova mostra de censura e de intimidação que se soma ao silenciamento da Telám”, afirmou, em comunicado.

Batalha contra a mídia pública

O governo argentino está em conflito com a mídia pública, acusando-a de favorecer os adversários políticos de Milei. Além disso, o plano de privatizações inclui a venda dessas empresas.

Seguindo o modelo europeu, a mídia pública na Argentina, assim como em outros países da América Latina, foi criada com a promessa de oferecer à população um conteúdo que, sem interesses comerciais, não seria disponibilizado pela mídia privada, conforme explicou Guillermo Mastrini, professor de comunicação da Universidade de Quilmes, na Argentina.

“Quando você analisa a mídia comercial, as redes privadas, é [representa] a voz de São Paulo e Rio de Janeiro e, no caso da Argentina, de Buenos Aires. Quase ninguém mais tem visibilidade na mídia. A mídia pública é uma mídia que, como não tem objetivo de lucro, tem a possibilidade de mostrar as pessoas que não formam parte dos centros econômicos”, destacou ele à Agência Brasil.

*Agência Brasil


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