Para enfrentar a extrema direita, um PSOL feminista e antirracista!
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Para enfrentar a extrema direita, um PSOL feminista e antirracista!

Em São Caetano do Sul, as pré-candidaturas do professor Rafinha para prefeito e da conselheira tutelar Vivi para vice representam a resistência contra a extrema direita na cidade

MES São Caetano do Sul 28 jun 2024, 09:43

Desde o dia 16 de Março, data do Diretório que aprovou a indicação do companheiro Professor Rafinha como pré-candidato a Prefeito pelo nosso partido, o cenário eleitoral se consolidou como uma disputa aberta contra a extrema-direita. As duas maiores candidaturas, seja a do governo com Tite/Regina ou da “oposição de direita” com Fábio Palácio, representam um projeto bolsonarista, com vinculações com setores da extrema-direita e com o governo de Tarcísio. Do lado do governo, inclusive, esse projeto se aprofunda com uma defesa pública de uma unidade do projeto inconstitucional e conservador das escolas cívico-militares em São Caetano do Sul.

Desde esse dia, colocamos de pé a pré-candidatura do Professor Rafinha, uma importante liderança da educação, com ampla referência na juventude, mas que ainda não era conhecido pela conjunto da cidade. Evidentemente, essa tarefa não está completa, mas, desde então, o Professor Rafinha tem feito um conjunto de atividades que ampliam o conhecimento sobre quem será o candidato do PSOL. A título de exemplo destacamos: as diversas inserções na mídia, a participação em atividades e lançamentos de todas as pré-candidaturas do partido, atividades de panfletagem com as pré-candidaturas a vereador e o papel de destaque no debate contra o aumento do salário de prefeito, vice-prefeito e secretários, conduzindo diversas atividades unitárias do partido.

Além disso, além da tarefa de projeção pública, a pré-candidatura do Professor Rafinha organizou um ciclo de debate programático aberto para a militância do PSOL e os ativistas da cidade, o “Se São Caetano Fosse Nossa”. Até aqui, já foram 6 encontros, com ampla participação da militância, da chapa de pré-candidatos à Câmara Municipal e de diversos especialistas. Tal esforço programático será central para apresentarmos um programa de profundas transformações para a cidade, um programa com a cara do PSOL e que defenda uma verdadeira revolução política na cidade.

Em paralelo à construção da pré-candidatura do Professor Rafinha, nossa direção partidária fez diversas conversas com a direção do Partido dos Trabalhadores com o objetivo de uma frente de esquerda para enfrentar a extrema-direita da nossa cidade. Em nossa opinião, essa seria a melhor fórmula a apresentarmos para o povo de São Caetano, uma fórmula que combinasse a unidade com o reconhecimento do enraizamento do nosso partido, comprovado com nossa presença no parlamento com Bruna Mulheres por + Direitos e diversos outros espaços de representação como conselhos municipais. Em termos objetivos, uma chapa formada por Professor Rafinha prefeito e um nome indicado pelo PT como vice-prefeito(a).

Infelizmente, essa hipótese não prosperou. Agora, cabe ao PSOL a responsabilidade de apresentar uma chapa forte, competitiva, que represente o melhor da vanguarda de esquerda e que tenha capacidade de encantar o ativismo para construir um projeto de disputa de poder que faça a população acreditar na nossa vitória. Diante disso, já no último Diretório, reuniões de Executivas e bilaterais nós do MES sinalizávamos com a necessidade de um nome que representasse dois importantes princípios do nosso partido: o feminismo e o antirracismo.

Uma Chapa Feminista e Antirracista!

Desde nossa entrada na Câmara, o PSOL tem avançado em diversos debates sobre os rumos da cidade, as diversas obras sem sentido, o problema da especulação imobiliária, o caos na implementação do ensino “integral”, as horas, semanas e meses de espera no serviço de saúde e etc. Porém, mais do que isso, este espaço nos possibilitou também fazer uma disputa de ideias em escala ampliada, de perfil de sociedade que defendemos para São Caetano e para o Brasil. Não à toa, as práticas de violência política de gênero são recorrentes contra nossas representantes, agora até mesmo reconhecidas pelo Ministério Público Eleitoral.

Neste sentido, a luta feminista tem avançado em nossa cidade e passado a ser um debate público dentro e fora da Câmara. Utilizar o momento eleitoral para avançar na luta das mulheres e para organizar demandas para aquelas que são a maioria da nossa cidade é tarefa central. Essa construção perpassa pela nossa chapa de vereadoras e vereadores, que até o momento tem quase 50% de mulheres, mas fundamentalmente pela chapa majoritária. Além disso, a combinação da luta antirracista deve ser um debate central da intervenção do PSOL, para que se conecte com um dos debates mais dinâmicos da cidade que é a disputa de uma educação e de uma cidade antirracista, que explodiu a partir das diversas denúncias de racismo nas escolas. É hora de levantarmos em alto e bom som: São Caetano é um Solo Preto e Indígena.

Dessa maneira, essas duas consignas baseiam a necessidade de uma mulher negra que ocupe o espaço da nossa chapa majoritária e caminhe junto do Professor Rafinha para apresentar uma revolução política para São Caetano. Por isso, nós apresentamos para o conjunto do partido a indicação da companheira Vivi  como pré-candidata a vice-prefeita pelo PSOL.

Vivi, jovem, feminista, antirracista e preparada para enfrentar a extrema-direita!

Vivi é um jovem quadro do nosso partido, que está filiada há alguns anos no PSOL, é da direção do nosso partido, foi por diversos anos agente de saúde no nosso município e, atualmente, é Conselheira Tutelar. A última credencial, inclusive, é a que demonstra a força da companheira Vivi, o seu reconhecimento social na cidade e é uma indicação da disposição do PSOL em fazer uma disputa real do futuro da cidade, empenhando os seus melhores quadros para essa tarefa.

Vivi enfrentou a maior eleição para o Conselho Tutelar na história da cidade e foi eleita com 605 votos, também a maior votação da história da cidade para o cargo. Nas eleições do ano passado, inclusive, colocou sua campanha a serviço da luta dos direitos humanos contra o obscurantismo e as forças conservadoras que se organizaram para ocupar os Conselhos Tutelares em todo o Brasil com objetivo de paralisá-los e impedir a aplicação do ECA. Mais ainda, até aqui tem feito um importante mandato no Conselho Tutelar e batalhando para que o órgão seja um espaço independente e não mais um puxadinho do governo Auricchio.

Com Vivi, vamos levar ao centro o debate sobre infância e juventude na nossa intervenção, garantindo uma defesa integral dos direitos das crianças e adolescentes na nossa cidade, com esse debate sendo vocalizado por uma companheira que já tem acúmulo na cidade.  Além disso, Vivi também vai dar centralidade na nossa chapa no debate de um feminismo para as 99%, antirracista, isto é, para as mulheres trabalhadoras que sofrem com um município que parou de financiar as Casas Abrigo na nossa região e que não tem uma delegacia da mulher 24 horas.

Por isso, para revolucionar São Caetano, fazer uma campanha que dispute para valer, ampliar nossa bancada na Câmara nós vamos com Professor Rafinha e Vivi!


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Pedro Micussi