Campanha BDS: Ação Concreta Contra a Máquina de Guerra de Israel
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Campanha BDS: Ação Concreta Contra a Máquina de Guerra de Israel

Não basta criticar o massacre em Gaza enquanto os laços econômicos e militares com Israel prosperam. A política externa brasileira alimenta o apartheid e o genocídio. É urgente uma resposta concreta através da Campanha BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções)

Márcio Vargas e Vanessa Gil 3 jul 2024, 12:06

Foto: Wikimedia Commons

A intensificação da eliminação do Povo Palestino, promovida pelo Estado de Israel, é parte de uma longa trejatória genocida do sionismo. A grave situação na Faixa de Gaza, onde 2,3 milhões de palestinos vivem em condições desesperadoras devido ao cerco e ao bombardeio israelense, não será superada pela diplomacia condescendente com o colonialismo. As juventudes têm protagonizado a voz ativa da mobilização, desde o centro do capitalismo, mostrando que é possível pressionar os governos cúmplices dos crimes de genocidio e apartheid israelenses. Mesmo com as reiteradas críticas de Lula ao massacre na Faixa de Gaza, podemos fazer mais do que denunciar por meio de palavras o genocídio. Ações efetivas para frear o genocídio é o que propõe a Campanha BDS, exigindo do governo brasileiro uma atitude concreta.

Há poucos dias (28/6), Israel avançou nas medidas que corroboram a anexação da Cisjordânia, ao desconsiderar a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e formalmente declarar não aceitar a existência de um governo palestino na Faixa de Gaza, rompendo com a sutileza de décadas dos regimes jurídicos separados e desiguais nos territórios, no qual eram mantidos os palestinos sob um regime militar, ao mesmo tempo que aplicava leis civis aos cidadãos judeus para atrair mais colonos, incentivar uma vida “normal” e consolidar sua presença na terra ocupada. Por isso, um cessar fogo ou uma trégua não põe fim à sanha colonialista contra o Povo Palestino.

O nível de brutalidade do massacre do Povo Palestino não impediu os negócios entre Brasil e Israel prosperarem: a Petrobras está entre os cinco maiores fornecedores de petróleo ao Estado Sionista e representa 30% das exportações brasileiras para aquele país; o Ministério da Defesa aguarda apenas um parecer jurídico para dirimir “dúvidas técnicas” e dar continuidade à uma aquisição multimilionária de armas israelenses, que pode chegar a até 1 bilhão de reais; o Tratado de Livre Comércio entre os dois países permanece em vigor, sem sequer aplicar a cláusula que exclui produtos provenientes dos assentamentos ilegais israelenses. Portanto, o Brasil continua desempenhando um papel crucial na manutenção da máquina genocida de Israel.

O Brasil tem a obrigação legal de não colaborar com genocídio do Povo Palestino. Tanto pelo regramento internacional, quanto pela legislação nacional, são impostos deveres para impedir e punir esse crime contra a humanidade. Para além das falas eloquentes é necessária a ação contra a cumplicidade ao genocídio, por isso, Lula precisa por fim aos acordos militares com Israel, embargar a exportação de petróleo e cancelar o Acordo de Livre Comércio com o Estado Sionista. O cancelamento de todas as transações comerciais com empresas israelenses e suas subsidiárias é um gesto concreto de quem não compactua com o extermínio do Povo Palestino. 

Mais de 100 organizações assinaram pelo embargo militar a Israel e realizarão atividades em várias cidades do Brasil no dia 3 de julho. Somar-se às iniciativas da Campanha BDS é uma medida de práxis internacionalista.


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