Genocídio em Gaza e os reflexos nos Jogos Olímpicos
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Genocídio em Gaza e os reflexos nos Jogos Olímpicos

COI ignorou pedidos de banimento da delegação isralenese das competições por crimes de guerra e por violação à trégua olímpica. Estima-se que 300 atletas palestinos tenham sido assassinados desde o início do conflito

Tatiana Py Dutra 30 jul 2024, 11:19

Foto: Wander Roberto/COB

Estado Palestino está sendo representado por oito atletas nas Olimpíadas de Paris

O genocídio imposto por Israel na Palestina também é tema de controvérsias nos Jogos Olímpicos de Paris, iniciados na última sexta-feira (26). Isso porque pelo menos 300 atletas e integrantes da equipe técnica da delegação palestina teriam sido assassinados desde o início do conflito, em outubro do ano passado.

O Comitê Olímpico da Palestina chegou a solicitar ao Comitê Olímpico Internacional o banimento da equipe israelense das competições – como ocorreu com a Rússia -, em função da morte de mais de 48 mil pessoas (a maioria mulheres e crianças) na Faixa de Gaza, mas não foi atendido. O país liderado por Benjamin Netanyahu também é acusado de não respeitar a trégua olímpica – que prevê a suspensão de conflitos armados uma semana antes do início dos Jogos Olímpicos e uma semana após a final dos Paralímpicos, período que se estende de 19 de julho a 15 de setembro de 2024.

A Palestina está sendo representada nos Jogos por oito atletas que disputarão as modalidades boxe, taekwondo, tiro e natação. A delegação chegou à capital francesa na manhã desta quinta-feira (25) na capital francesa, e foi recebida por um grupo de 100 pessoas sob calorosos gritos de “Palestina Livre”.

“Hoje, a Palestina envia uma mensagem ao mundo: a necessidade de acabar com o genocídio contra nosso povo na Faixa de Gaza, de acabar com a ocupação e o regime de apartheid nos territórios palestinos ocupados”, comentou o representante da Autoridade Palestina na França, Hala Abu Hasira à AFP.

Argelino teria se negado a competir com atleta de Israel

Outra implicação da política genocida de Israel na Olimpíada seria a desclassificação do judoca argelino Messaoud Redouane Dris. Ele deveria enfrentar Tohar Butbul, de Israel, na segunda-feira (29), mas não compareceu à luta. A explicação oficial para a ausência seria o sobrepeso do atleta, que luta na categoria até 73kg, mas a Federação Internacional de Judô investiga se não se trata de um protesto contra a guerra desigual no Oriente Médio. 

Enquanto Israel pede punições ao atleta, a imprensa argelina e o patrocinador da delegação, a Mobilis, elogiaram a postura de Dris. Segundo o jornal Al Nahar, o judoca evitou “habilmente enfrentar o oponente israelense ao não atingir o peso”. Já a Mobilis afirmou, nas redes sociais que “Dris conquistou o respeito de todos. Honra e a causa (palestina) vêm antes de qualquer outra coisa”.

Mais de um milhão de pessoas ao redor do mundo, incluindo membros de parlamentos, atletas internacionais e Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela, já se manifestaram contra a decisão de manter Israel nas Olimpíadas. Na semana passada, a FIFA decidiu adiar o julgamento solicitado pela federação da África do Sul, que pede o banimento da seleção israelense dos jogos oficiais de futebol.


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