Governo Bolsonaro promoveu sumiço de documentos do Ministério do Meio Ambiente
Leis, pesquisas e dados elaborados desde a fundação da pasta, em 1992, foram retirados do ar e perdidos
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
É interminável a lista de crimes cometidos por Jair Bolsonaro (PL) e seus ministros em seu período na presidência. Mas um dos delitos pelo qual o inelegível não está sendo processado diz respeito ao sumiço de 30 anos de documentos públicos do Ministério do Meio Ambiente.
A falcatrua foi revelada pelo colunista Guilherme Amado do portal Metrópoles. Segundo ele, até mesmo o Plano Brasil 2040 – estudo de 2015 que previa chuvas intensas chuvas no Sul do país, secas no Nordeste e falta de água no Sudeste – foi retirado do ar e seu paradeiro é desconhecido. Também estão perdidos diversos documentos desde a fundação do ministério, em 1992, como os que tratam sobre áreas protegidas por leis ambientais, pesquisas para embasar políticas do setor e estudos acadêmicos. A informação foi confirmada pelo ministério.
A pasta informou que esses arquivos “ficaram extraviados” entre 2019 e 2022, durante todo o governo Bolsonaro, quando o site do ministério foi transferido de endereço. Servidores afirmam que o atual governo está tentando recuperar os documentos mais importantes, mas muitos materiais não foram ainda divulgados por dificuldades técnicas.
Procurado por Amado, o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, o deputado Ricardo Salles (PL-SP), disse desconhecer o problema.