Ato na Câmara de Campinas defende Unicamp e repudia ataques da extrema direita
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Ato na Câmara de Campinas defende Unicamp e repudia ataques da extrema direita

Sessão liderada por Mariana Conti reuniu reitoria e comunidade acadêmica em defesa da universidade, vítima de ataques fascistas

Tatiana Py Dutra 13 abr 2025, 08:00

Foto: Thomaz Marostegan/Unicamp

Em uma demonstração contundente de resistência e solidariedade, a Câmara Municipal de Campinas sediou, na tarde da última quinta-feira (10), um ato de desagravo à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A atividade, que lotou o plenário da Casa Legislativa, foi conduzida pela vereadora Mariana Conti (PSOL) e reuniu representantes da Reitoria da Unicamp, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), além de entidades sindicais, movimentos sociais e lideranças estudantis.

O ato foi uma resposta firme aos ataques coordenados por grupos de extrema direita, liderados pelo vereador Vinicius de Oliveira (Cidadania) e pelo Movimento Brasil Livre (MBL), que, entre os dias 24 e 27 de março, promoveram ações hostis dentro do campus. Os episódios ocorreram na mesma semana em que a Unicamp celebrava a Virada Transcultural e aprovava no Conselho Universitário uma importante política de cotas para pessoas trans, travestis e não binárias.

Sem autorização, os agressores invadiram espaços da universidade para filmar e vandalizar murais de apoio ao movimento trans, além de banheiros neutros, que simbolizam o compromisso da Unicamp com a inclusão de todas as identidades de gênero. Entre eles, o próprio vereador Vinicius de Oliveira, que se prestou ao papel de disseminador do ódio ao publicar vídeos em suas redes sociais, criminalizando políticas afirmativas e espalhando desinformação sobre a instituição. Matheus Pereira, do MBL, também divulgou imagens em que destrói materiais de conscientização e arranca cartazes pró-Palestina e contra o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, numa clara tentativa de silenciar expressões políticas legítimas dentro da universidade.

As ações violentas foram amplamente repudiadas pela Reitoria da Unicamp, que anunciou medidas judiciais contra os envolvidos. “Estamos desenvolvendo um protocolo de ação pacífica, mas enérgica, na defesa da universidade”, afirmou o reitor José de Almeida Meirelles, ressaltando que as invasões ferem a autonomia universitária e atentam contra a liberdade de expressão.

O ato na Câmara Municipal reforçou a resposta coletiva a essa escalada de violência política. “Realizamos um grande e muito representativo ato de desagravo à Unicamp na Câmara Municipal de Campinas. Denunciamos os ataques fascistas, machistas e racistas do vereador Vinicius de Oliveira e do MBL e reafirmamos em alto e bom som: não recuaremos! Seguiremos lutando para que a universidade seja um espaço de inclusão e diversidade! As cotas trans ficam, as cotas étnico-raciais ficam e o vestibular indígena fica!”, declarou, com firmeza, a vereadora Mariana Conti, uma das principais vozes de defesa da educação pública e inclusiva na cidade.

A mobilização não para por aí. Estão previstas novas ações de solidariedade e manifestações públicas em defesa da Unicamp, que tem se consolidado como referência nacional em políticas de inclusão e enfrentamento às intolerâncias. O ato na Câmara de Campinas não apenas denunciou a violência, mas também reafirmou o papel essencial da universidade pública como espaço de resistência, ciência e transformação social.


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