‘Povo de Terreiro’: resistência, memória e direitos
Luciana Genro lança nova edição da cartilha que celebra o povo de terreiro e as religiões de matriz africana para combater o racismo religioso
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Em evento gratuito e aberto ao público, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) lançará, no próximo dia 13 de novembro, às 18h, a 2ª edição da cartilha “Povo de Terreiro”, na Câmara Municipal de Porto Alegre. O material, desenvolvido em parceria com mães e pais de santo, reúne as ações do seu mandato em defesa dos povos de terreiro e das religiões de matriz africana e reafirma o compromisso da parlamentar na luta contra o racismo religioso.
“A cartilha foi criada com o objetivo de tornar-se uma ferramenta de educação e conscientização, criada para combater a ignorância e o preconceito que ainda hoje recaem sobre o povo de terreiro”, pontuou Luciana Genro”. “Em razão do sucesso da última edição, que já acumula milhares de pedidos vindos de todas as partes do Rio Grande do Sul, decidimos pela atualização do material que não só apresentará os direitos do povo de axé, mas contará com uma parte educativa e cultural, apresentando um glossário e canais de denúncia”, celebrou a parlamentar.
O evento também contará com um momento especial, destinado ao reconhecimento e celebração das lideranças que constroem a pauta diariamente além de enfrentarem diariamente o preconceito, a entrega do Troféu Guardião da Ancestralidade.
O Troféu Guardião da Ancestralidade será uma homenagem às mães e pais de santo que, com sabedoria, coragem e compromisso, mantêm viva a tradição e a resistência dos povos de terreiro. O prêmio começa uma tradição de reconhecimento público de um papel que ultrapassa o religioso, é também de acolhimento, político e histórico, essencial na luta contra o apagamento da cultura negra no estado.
Comprometida com a pauta há anos, Luciana Genro vem realizando uma série de encontros, em diversas cidades do Rio Grande do Sul para dar voz e visibilidade ao povo de axé que constantemente são ameaçados e vítimas de perseguição política e institucional. Os debates já ocorreram nas cidade de Porto Alegre, Cachoeirinha, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Viamão, Cachoeira do Sul e Canoas e reuniram milhares de pessoas. Como resultado de toda essa mobilização, recentemente, a Defensoria Pública do Estado e a Defensoria da União publicaram um documento oficial reconhecendo o direito das religiões de matriz africana de realizarem seus rituais com liberdade e respeito, sem perseguições ou interrupções por conta dos sons sagrados.
Luciana Genro tem sido uma das principais vozes na defesa da liberdade religiosa e no combate ao racismo religioso no parlamento gaúcho. Além desse projeto, ela apresentou outras propostas que valorizam as tradições afro-gaúchas, como o PL que reconhece oficialmente o Batuque Gaúcho como Patrimônio Cultural Imaterial do estado e o PL que consagra o Toque de Tambor como linguagem sagrada e prática cultural imaterial. Luciana Genro também é autora da lei que reconhece os Assentamentos de Bará ligados ao Príncipe Custódio de Xapanã como patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul.

 
		 
       
       
       
       
       
       
       
       
     
       
    
   
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
               
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                