Mais uma farsa neoliberal, capitalista e populista
Somente unidos, organizados, garantiremos nossos direitos! Todo dia deve ser dia do professor/a.
Luiz Carlos de Freitas em sua obra “A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias”, 2018, explica que é prática comum da nova direita populista utilizar uma notícia negativa para fazer propaganda de suas ações.
O governo de Santa Catarina neste ano tem demonstrado que está especializado nessa prática. Primeiro, foi esconder a nefasta reforma da previdência, com o anúncio do “piso” de R$ 5.000,00. Enquanto isso mantém uma legião de professores temporários, sem garantia de carreira e perspectiva de aposentadoria digna, pois sequer o tempo de contribuição conta para a carreira, portanto mascara a lesão a direitos elementares da categoria com a propaganda do piso.
Aí vem a reforma, que foi a pior do país, a que mais atingiu os servidores ativos e principalmente aposentados, da saúde e educação, principalmente os que ganham menos, mantendo os privilégios dos altos salários e de algumas categorias. Para desviar a atenção passou a sinalizar o dia 15 de outubro como o marco da recomposição da carreira dos professores efetivos.
Então, hoje, dia 15 de outubro de 2021, dia do/a professor/a, o governo de Santa Catarina faz um anúncio vago, falando em valores finais de onze mil, para quem tem doutorado e fizer todas as progressões possíveis na carreira. Portanto já excluí novamente aposentados e os lutadores e lutadoras que ousaram enfrentar os governos de plantão, fazendo paralizações e greves, perdendo progressões.
Também sinaliza, mais uma vez de forma obscura, com uma bolsa para formação continuada, ou seja, o Vampiro ressuscita, com outro nome os abonos do Luiz Henrique/MDB, mantendo o achatamento da tabela salarial.
Enfim, de concreto sobre direitos e recomposição da tabela salarial do Magistério, nada, apenas discursos populistas e eleitoreiros de um governo que se elege sob a égide do bolsonarismo, finge um rompimento, mas suas práticas continuam as mesmas, de uma nova direita, mas com as velhas práticas de ludibriar e dividir os trabalhadores para se manter no poder, com apoio dos mesmos.
Isso só demonstra a necessidade da nossa organização enquanto categoria, mas principalmente como classe trabalhadora explorada, cada vez mais lesada em seus direitos, pois ninguém vai abrir mão de privilégios para garantir nossos direitos. SOMENTE UNIDOS, ORGANIZADOS GARANTIREMOS NOSSOS DIREITOS! Todo dia deve ser dia do professor/a.