Bolsonaro mira em população sem terra em debate presidencial
Zé Rainha na marcha da FNL em SP, 2021. Foto: FNL.

Bolsonaro mira em população sem terra em debate presidencial

Em debate na Rede Globo, Jair Bolsonaro (PL) citou o líder nacional da FNL, Zé Rainha, para atacar os movimentos sociais que ocupam terras ociosas no Brasil.

Nathália Bittencurt 29 out 2022, 13:49

No último debate entre candidatos à presidência, nesta sexta-feira, Bolsonaro fez questão de acenar para os latifundiários e grileiros do país. Durante o bloco de discussão sobre respeito à constituição, o – até aqui – presidente falou sobre a importância de preservar a propriedade privada, e citou o coordenador e fundador da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade, José Rainha, como um amigo de Lula que teria supostamente sido favorecido durante os governos petistas, através da distribuição de terras ociosas. Bolsonaro também citou João Stédile, outra liderança histórica do Movimento Sem Terra. Bolsonaro afirmou que o número de ocupações realizadas pelos movimentos sociais diminuiu drasticamente em seu governo.

Lula rebateu afirmando que quem define a produtividade ou não de terras sem função social é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e que durante seu governo fortaleceu a agricultura familiar realizada pelos movimentos sociais, que chegou a ser responsável por 70% do alimento produzido no país. Bolsonaro afirmou ainda que foi um dos presidentes que mais distribuiu terras para assentamentos na História, o que não condiz com a realidade.

Em nota de esclarecimento, Zé Rainha falou sobre os ataques de Bolsonaro:

– “Primeiramente me sinto honrado e tenho muito orgulho de ser amigo do Lula, pessoa que conheço desde a década de 1980, sendo a maior liderança do povo de nosso Brasil. (…) Sou feliz em ser INIMIGO de um fascista, assassino, covarde e traidor da pátria. Dediquei toda minha vida na luta pela reforma agrária, na defesa das terras indígenas, dos quilombolas, neste país sempre foi um país de casa grande e senzala. Lutar pela terra é lutar pela vida, é lutar para preservar o meio ambiente. Temos um Brasil em que 30 milhões passam fome, 60 milhões estão desempregados. Tenho consciência de classe, e reafirmo, se um dia nós quisermos ser livres, vamos ter que destruir o capitalismo e seu estado burguês. Quero aqui reafirmar o meu compromisso com a nossa organização a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), o compromisso de buscar as alianças com todas organizações de luta no campo e na cidade. Nós vamos continuar as ocupações das terras improdutivas, as mobilizações e as Marchas em todo Brasil.”

Zé Rainha reforçou a urgência de derrotar Bolsonaro nas urnas no domingo:

– “Nossa tarefa neste dia 30 é convencer os eleitores indecisos a vir votar no Lula. Nós vamos derrotar este fascista e o fascismo no Brasil. Precisamos defender a democracia e garantir a nossa liberdade. VAMOS TODOS NESTE DOMINGO VOTAR 13, LULA PRESIDENTE.”


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