Defender Junho de 2013: encontro em Porto Alegre reacende o legado das jornadas de junho
Debate reuniu na capital gaúcha Vladimir Safatle, Luciana Genro, Fernanda Melchionna, Roberto Robaina e Gabi Tolotti. Assista!
No último sábado, o Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, foi palco de um encontro que lotou suas dependências e contou com transmissão online. O debate, intitulado “Defender Junho de 2013”, reuniu convidados para relembrar e refletir sobre a importância do movimento que emergiu durante os protestos de junho de 2013.
Dentre os debatedores estavam presentes o filósofo e professor da USP, Vladimir Safatle, que desde o início apoiou as jornadas e trouxe sua perspectiva para enriquecer o debate. Luciana Genro, deputada estadual e ex-candidata à presidência pelo PSOL em 2014, também participou do encontro, reivindicando o legado de junho e compartilhando suas experiências nas ruas.
Outros debatedores incluíram Gabi Tolotti, integrante do Bloco de Lutas e membro da direção do PSOL gaúcho, que esteve na comissão de organização do Bloco de Lutas, comitê que coordenou as manifestações em Porto Alegre. Fernanda Melchionna, vereadora na época dos protestos, juntamente com Pedro Ruas, foi responsável por um pedido judicial bem-sucedido que congelou o aumento da passagem na cidade, tornando-se um exemplo para outras localidades.
Roberto Robaina, vereador de Porto Alegre, editor da revista Movimento e membro do Secretariado Nacional do MES, trouxe sua visão crítica e experiência política para enriquecer o debate sobre o legado de junho de 2013.
Durante o evento, foi evidente a posição em relação à interpretação do significado de junho de 2013. Enquanto a esquerda institucional representada pelo PT e seus aliados considera esse período como a origem da ascensão da extrema direita, os participantes enfatizaram que junho de 2013 foi um marco da luta social contra a retirada de direitos e um sistema político e econômico que não representava mais a maioria trabalhadora.
O objetivo central do debate foi trazer à tona a importância de compreender junho de 2013 não apenas como um evento isolado do passado, mas como uma referência fundamental para o presente e o futuro. Sobre o PSOL, prevaleceu a necessidade de construir um partido capaz de se conectar com os ideais que impulsionaram as manifestações de junho, desafiando a acomodação à institucionalidade e ao “menos pior”, e ousando imaginar e construir algo novo.
Assista ao debate aqui!