Nega Pataxó Presente!
Nota de repúdio ao assassinato de Nega Pataxó, liderança da comunidade indígena atacada por fazendeiros e PM baiana no Território Caramuru. Exigimos justiça!
Foto: Reprodução/PSOL
Durante a tarde deste domingo, 21 de janeiro, um dia após data em que comemoramos o dia da consciência indígena, fazendeiros fascistas apoiados da Polícia Militar da Bahia invadiram uma ocupação indígena em uma fazenda construída ilegalmente na Terra Indígena Caramuru, balearam 3 indígenas e assassinaram Nega Pataxó, companheira que além de liderança indígena era filiada ao PSOL e defendia os direitos dos povos originários.
O crime cometido com a justificativa de “reintegração de posse da fazenda” foi anunciado com anúncios e compartilhamentos nas redes sociais sob a campanha “invasão zero”. Pura distorção da realidade já que os fazendeiros que haviam feito construções ilegais no território indígena. É inadmissível que uma dita “reintegração de posse” completamente ilegal e criminosa tenha ocorrido com a assistência da Polícia Militar do governador Jerônimo (PT). Num pretexto de que que iria mediar o conflito, mesmo sem medida judicial ou nada relacionado a uma possível reintegração pelos fazendeiros a Polícia age de forma miliciana ao atuar em favor de fazendeiros deixa de cumprir seu trabalho, piorando quando o resultado disso é o crime hediondo de assassinato, mais uma vez mostrando a ineficiência do trabalho policial baiano, que agora além de sangue negro tem também sangue indígena nas mãos.
É impossível nos solidarizar sem dar nome aos culpados, cada latifundiário, cada policial envolvido nessa ação ilegal deve ser responsabilizado pelos inúmeros crimes cometidos durante essa ação claramente fascista e miliciana. Desejamos que a comunidade tenha seus direitos assegurados na realidade e que possam viver em paz ao seu modo sem a perseguição de forças do capital e muito menos de um estado que os deveria proteger. Nega Pataxó vive agora em nossa luta!
Mais que desejar condolências devemos cobrar justiça!