Os ataques contra a classe trabalhadora mineira, estado (des)governado por Romeu Zema, não cessam. No tempo presente, a tragédia da vez é a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), cuja parte do serviço já está terceirizada e a precarização se consolida como realidade.

Conforme consta na constituição mineira, em seu art. 14, §§15 e 17, para privatizar a COPASA é necessário um quórum autorizando que tal medida seja tomada, ou seja, faz-se obrigatório um referendo popular em que o povo, de fato, decida sobre a privatização desse serviço público. Como é do perfil de Romeu Zema, que pouco se importa com o bem-estar da população, mas apenas com o gélido cálculo do lucro, foi enviado para Assembleia Legislativa de Minas Gerais a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 24/2023.

Batizada pelos movimentos de oposição como PEC do Cala a Boca, o objetivo dela é anular a necessidade do referendo popular. Em outras palavras, Zema e sua corja não desejam que os cidadãos e cidadãs definam o futuro da COPASA, não querem que o povo decida se querem que a COPASA seja privatizada. Obviamente que isso tem um motivo muito bem definido.

Zema, que está em seu último mandato como governador, deseja atrair para si apoio de setores privados, pois almeja concorrer para presidência da República no próximo ano. Percebe-se que não pensa na melhoria da população, pois além de não querer ouvir o povo através do referendo, Zema desconsidera a experiência terrível que foi o processo de privatização ocorrida em São Paulo no setor de energia, pois não é incomum ocorrerem apagões prolongados no estado paulista, além de deixarem de arrecadar bilhões em receitas (dinheiro que poderia ser revestido para melhoria do serviço).

Contudo, a mobilização permanente dos trabalhadores e das trabalhadoras da COPASA, de inúmeros segmentos, mais a própria população de Minas, segue pressionando para que a PEC do Cala a Boca não passe na ALMG. Apesar de ter sido aprovado no primeiro turno em plenária, os atos em defesa da COPASA seguem firmes com o intuito de barrar que seja aprovada em segundo turno a proposta da PEC do Cala Boca proposta por Romeu Zema.

Por fim, cabe ressaltar que outras estatais importantes podem adentrar nesse mórbido processo, pois Romeu Zema está desmontando os Serviços Públicos no estado de Minas Gerais. É uma luta árdua, mas necessária que estejamos acompanhando de perto e proliferando oposições em todos os espaços possíveis, mas não somente dentro da militância, mas com os familiares e amigos, pois se essa PEC do Cala a Boca for aprovada, prejudicará imensamente toda população mineira.