Israel: não em meu nome
Como um povo com uma história tão bonita de luta pode cometer as mesmas atrocidades que seus inimigos cometeram no passado?
Na última segunda feira (14/05) o Estado de Israel massacrou mais uma vez manifestantes palestinos na fronteira de Gaza quando milhares foram às ruas contra a mudança da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalem. Hoje fazem 70 anos da criação do Estado de Israel que expulsou milhares de trabalhadores e trabalhadoras de suas terras (Nakba) e vem desde então cometendo um dos maiores genocídios da história. Hoje em dia milhões de palestinos vivem em campos de refugiados lutando pelo direito a sobrevivência e a uma vida digna. Ao mesmo tempo mais de um milhão de palestinos vivem dentro do estado de Israel como cidadãos de segunda classe.
É incrivelmente triste ver um povo com uma história tão bonita de luta cometer as mesmas atrocidades que nossos inimigos cometeram no passado. Conhecer as condições de vida dos palestinos refugiados é lembrar dos campos de concentração na Alemanha e da escravidão a qual fomos submetidos no Egito. Eu não vou admitir que façam a ninguém o que foi feito com a minha família. Reconheço na minha história homens e mulheres que lutaram até o fim pela liberdade humana, como aqueles que se levantaram no gueto de Varsóvia, Trotsky e Rosa Luxemburgo.
Precisamos nos posicionar contra o estado genocida de Israel e o imperialismo americano, por um estado que não seja definido por etnias ou religião. Todo apoio a luta dos árabes israelenses e do povo palestino.
#LiberdadeàPalestina
#NãoEmMeuNome
#NãoMeRepresenta
Artigo originalmente publicado em juntos.org.br.