Após um Carnaval de Lutas, ocupar as ruas no 8 do Março
Vamos em peso ocupar as ruas com nossas bandeiras, faixas e reivindicações!
Nos últimos dias, o carnaval foi a maior manifestação popular contra o governo Bolsonaro desde a sua posse. Seja nos blocos, com as fantasias de laranja ou com o hino do carnaval (ai, ai, ai, o Bolsonaro é o carai), ou nos desfiles das escolas de samba, que reafirmaram a luta da negritude e a resistência do povo.
Por isso não é de se estranhar a postagem de Bolsonaro em suas redes sociais contra o carnaval. O governo quer atacar todas a forma de resistência. E no carnaval, sem dúvida, o maior alvo dos protestos foi o próprio presidente.
Também vale destacar que nos aproximando de um ano da execução política de Marielle Franco, sua figura segue sendo a expressão da luta do povo, das mulheres, da negritude, das LBTs, dos favelados. Ela esteve presente em inúmeros blocos de rua, e nos desfiles, com destaque para a homenagem da Mangueira.
A estratégia do governo é explícita, depois do carnaval, acelerar a discussão sobre a reforma da previdência e sua agenda anti-trabalhador. E, ao mesmo tempo, criminalizar os movimentos sociais e as frentes de oposição.
Por isso, é importante reforçar a convocatória do 8 de março em todo o país. Como foi registrado em várias cidades, as reuniões de organização foram expressivas, representativias e amplas. O 8 de março será o primeiro ato organizado a nível nacional com esse nível de unidade das organizações, coletivos, sindicatos, movimentos e partidos.
Neste ano, as pautas principais em todo país são: combate à violência contra a mulher e ao feminícidio, contra a reforma da previdência e por justiça para Marielle.
Em nível internacional, a luta das mulheres segue sendo vanguarda na luta contra os governos de extrema direita. Há um tentativa muito importante de greve das mulheres em toda a Europa.
Em nosso país, o 8 de março antecipa outras duas agendas importantes de mobilização: o 14 de março — data de um ano da execução de Marielle e o 22 de março — data nacional de mobilização contra a reforma da previdência. Desta forma, mais uma vez, a data pode inaugurar uma jornada de lutas contra este governo e suas medidas regressivas.
Por isso, nos próximos dias, a tarefa principal é reforçar a convocatória para os atos em todo país, seja pelas redes sociais, chamando suas amigas e colegas. E vamos em peso ocupar as ruas com nossas bandeiras, faixas e reivindicações!