Pela saúde dos trabalhadores rodoviários
A categoria há dias exige equipamentos de proteção individual (EPIs) para que motoristas e cobradores possam trabalhar com segurança.
Transporte é um serviço essencial, certo? Mas quando se olha o tratamento que as empresas estão dando aos trabalhadores do setor é, no mínimo, revoltante. Fui chamado pelos rodoviários da Nortran para acompanhar mais uma luta da categoria. Estou seguindo as medidas de segurança e o isolamento social, ficando em casa. Mas a gravidade da situação exigiu que eu fosse ver de perto o que está se passando com os trabalhadores do transporte de Porto Alegre. Desrespeito total!
Bem cedo, nesta segunda-feira (6), um grupo grande se mobilizou nos portões da garagem para exigir o pagamento de direitos, atrasados já desde antes da pandemia. Os rodoviários reclamam da falta de pagamento de horas extras, de tíquetes de férias e da diferença de 20% nos salários. Pedem ainda o pagamento de insalubridade e isenção por 60 dias do pagamento de empréstimos consignados em razão da pandemia.
Alguém vai dizer: mas como estão aglomerados para protestar? Para eles, os riscos estão no dia a dia de trabalho. A categoria há dias exige equipamentos de proteção individual (EPIs) para que motoristas e cobradores possam trabalhar com segurança. Não têm álcool em gel e máscaras. Um horror nos tempos que vivemos.
Conversei com o secretário de Transportes e vou encaminhar oficialmente os pedidos dos rodoviários para que as providências sejam tomadas imediatamente. É a saúde dos trabalhadores rodoviários que está em jogo.