Conheça a nova edição da Revista Movimento
Confira a nova edição da Revista Movimento, com o balanço das eleições brasileiras de 2022 e muito mais.
Esta nova edição da Revista Movimento é a primeira publicada após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais. A vitória de Lula significou o sucesso de um amplo movimento democrático contra a extrema-direita no qual o PSOL teve papel protagonista e conquistou grande sucesso também nas eleições proporcionais nos estados. Sobre esta vitória, a Executiva Nacional do Movimento Esquerda Socialista (MES/PSOL) se pronunciou prontamente indicando as novas contradições e desafios no documento “A vitória de Lula foi um grande triunfo democrático contra o autoritarismo”.
Esta vitória abriu entre a militância do PSOL um novo cenário de debates, marcado principalmente pela polêmica sobre a postura do partido perante o novo governo, cujas propostas econômicas são debatidas no texto “O teto caiu! E nós com isso? Por um programa econômico da esquerda radical”, de Pedro Micussi. Nesse sentido, a vitória de uma posição principista no Diretório Nacional do PSOL contra a participação no governo representou uma importante afirmação do caráter do partido apesar da disputa de narrativas sobre o conteúdo de tal resolução, conforme explicitado por Leandro Fontes no artigo “A natureza do PSOL preservada. E a inocultável derrota de Boulos e companhia” e na nova declaração da Executiva Nacional do MES/PSOL em “Sobre a última reunião do Diretório Nacional do PSOL”.
Para aprofundarmos este debate, tantas vezes repetido entre a esquerda radical, publicamos também o texto de 1899 de Rosa Luxemburgo, “Uma questão de tática”, sobre a icônica entrada do socialista francês Alexandre Millerand no governo burguês do gabinete Waldeck-Rousseau que contava com o notório Marquês de Gallifet, dirigente da repressão à Comuna de Paris.
No cenário internacional, retomamos o tema da agressão russa à Ucrânia com o artigo “Apoiar a Resistência Ucraniana e Enfraquecer o Capital Fóssil”, de vários autores e autoras da Ucrânia, Rússia, Polônia e outros países polemizando com as posições vacilantes de parte significativa da esquerda europeia. Nesta seção publicamos também uma interessante análise do militante dos Socialistas Democráticos da América (DSA) Keith Brown sobre a organização de base da esquerda brasileira, escrito após a viagem de uma delegação do caucus Bread & Roses do DSA ao Brasil.
Além disso, publicamos também o interessante artigo “20º Congresso do Partido Comunista Chinês: o ponto de inflexão”, onde Pierre Rousset descreve as dinâmicas deste partido sob a liderança cada vez mais centralizada de Xi Jinping. Nesse mesmo contexto, o manifesto “De Urumqi a Xangai: Exigências dos Socialistas Chineses e de Hong Kong” expõe as pautas atuais compartilhadas pela oposição de esquerda ao regime autoritário chinês. E no Oriente Médio marcado pela recente Copa do Mundo de futebol, publicamos o relatório de acadêmicos da Universidade de Oxford sobre a pena de morte no Catar contra trabalhadores imigrantes em “O corredor da morte do Catar e a mão-de-obra migrante invisível considerada indigna de um processo justo”.
Na América Latina, nos deparamos recentemente com o golpe parlamentar da direita reacionário contra o presidente Pedro Castillo e publicamos o documento “A direita golpista conseguiu destituir Castillo: Lutemos para que todo o Congresso se vá”, da organização trotskista peruana Súmate al Nuevo Perú. E por fim, refletindo os avanços e embates do movimento negro organizado brasileiro, compartilhamos a reflexão de Ana Laura Cardoso e Guilherme Montenegro sobre a organização da negritude do MES em “Encontro do Movimento Negro do MES em SP: o avanço da organização de um polo negro socialista”.
Leia esta edição aqui. Boa leitura!