Semana Global de Solidariedade ao Povo Ucraniano (20 a 26 de fevereiro)
A semana de solidariedade é uma jornada internacional em apoio o povo ucraniano e sua resistência.
Começa hoje a Semana Global de Solidariedade ao Povo Ucraniano, jornada de luta internacional contra a agressão de Putin, em apoio à resistência ucraniana contra a invasão e em defesa dos ativistas russos perseguidos pela ação antiguerra. O Movimento Esquerda Socialista (MES/PSOL) está nesta luta desde o início da guerra, juntamente com a IV Internacional], a Rede Europeia de Solidariedade com a Ucrânia e várias outras organizações.
Neste um ano de guerra tornou-se cada vez mais evidente tanto o papel do imperialismo russo no leste europeu quanto o autoritarismo de direita do governo russo, que vem fechando cada vez mais seu regime político, prendendo militantes de esquerda e de outras posições políticas críticas, além de obrigar inúmeros camaradas à fuga para o exílio. O número de desertores do exército russo também é cada vez maior.
O custo humano enfrentado pelo povo ucraniano é gigantesco, com mais de 40 mil mortes e de 14 milhões de refugiados. Apesar disso, sua resistência heróica tem garantido a defesa de seu território e autodeterminação, colocando o regime de Putin em situação cada vez mais difícil e desenvolvendo condições para a resistência democrática russa evidenciar cada vez mais seu caráter.
Nesse sentido, saudamos nossos camaradas da organização ucraniana Movimento Social, cuja militância tem estado na linha de frente da resistência e da denúncia internacional contra a agressão.
Na América Latina, esta tarefa de solidariedade é dificultada também pelas posições campistas na esquerda que insistem em ignorar o caráter direitista nacionalista do regime de Putin. Da mesma forma, enfrentamos também o pacifismo abstrato, que clamou pela rendição ucraniana e exige a paz imediata mesmo com soldados invasores ainda em solo ucraniano.
Junto aos camaradas ucranianos, criticamos o governo Zelensky pelos ataques aos direitos dos trabalhadores e pelas intenções de entrada na OTAN, mas devemos dizer que a ação de Putin é a principal causa deste movimento e que a crítica justa ao governo ucraniano vem prioritariamente daqueles e daquelas que estão nas fileiras da resistência ao agressor.
Seguiremos em apoio ao povo ucraniano e sua resistência, contra a agressão imperialista russa e por uma paz justa. Viva a heróica resistência ucraniana!