Élcio Queiroz assume assassinato de Marielle
Segundo o ministro Flávio Dino, acusado, preso desde 2019, fez delação premiada e entregou comparsas
Foto: Reprodução/TV Globo
Após cinco meses à frente das investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, a Polícia Federal (PF) traz importante conformação sobre o caso. Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (24), o ministro da Justiça, Flávio Dino, revelou hoje que o ex-PM Élcio de Queiroz confessou ter participado da execução, junto com Ronnie Lessa.
Ambos estão presos desde 2019, mas sempre negaram relação com o crime. Segundo o ministro, a confissão teria se dado por meio de acordo de delação. Ele acrescenta ainda que foi o relato de Élcio que levou a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na manhã de hoje, no Rio. Ele é suspeito de ter escondido e se desfeito de armamentos usados no crime, além de ter monitorado a rotina de Marielle antes da execução.
Ainda não está esclarecido quem determinou as execuções mas, segundo o ministro, há indícios do envolvimento de milícias e do crime organizado. Descobrir os mandantes é o próximo passo dos trabalhos, segundo Dino:
“A investigação não está concluída, [a delação] permite um novo patamar de investigação, a dos mandantes”, afirmou. “Nas próximas semanas, provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhido no dia de hoje.”
*Reportagem em atualização