Uma só luta: Palestina livre e fim da repressão policial no Brasil!
Solidariedade ao estudante da UFAM, Christofer Rocha, preso pela Polícia Federal dentro da universidade durante manifestação em defesa da Palestina
Foto: Juntos!
Via Juntos!
Na última quinta-feira (10/08), enquanto estava sendo preparado um ato contra o palestrante sionista André Lajst, abertamente defensor da ocupação da Palestina por Israel, o estudante da pós-graduação Christofer Rocha foi preso pela Polícia Federal que estava dentro do Campus da Universidade Federal do Amazonas portando armas de alto calibre. O Estado de Israel apoiado por Bolsonaro promove um verdadeiro massacre ao povo palestino, realizando um apartheid na região. São assassinatos, prisões, roubo de terras, invasões de casas e muitos outros crimes e violações de direitos humanos. A luta pela Palestina Livre é internacional pela libertação de um povo e contra o Estado ilegítimo de Israel. Sendo, portanto, nosso papel boicotar e combater propagandas de Israel no Brasil, assim como fizemos na UNICAMP, em São Paulo, impedindo a realização de uma atividade com universidades israelenses que auxiliam na fabricação de armas que assassinam crianças palestinas.
Em todo o mundo fica escancarado que o objetivo do policiamento é proteger as elites burguesas do Estado para sua dominação social, política, econômica. Nas últimas semanas presenciamos chacinas da Polícia Militar no Guarujá, em São Paulo, deixando ao menos 14 mortos, com apoio do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas. Na Bahia as chacinas deixaram mais de 19 mortos e com o pedido do governador Jerônimo Rodrigues para “respeitar a PM”. Thiago Menezes Flausino, uma criança de 13 anos, foi executado por policiais no Rio de Janeiro. Além do vídeo violento de um policial militar enforcando um estudante de 16 anos dentro de uma escola estadual no litoral paulista.
O policiamento dentro das universidades, como a presença da Polícia Federal na UFAM que prendeu Christofer, busca atacar e controlar as lutas do movimento estudantil pela força repressiva do Estado como foi feito durante a Ditadura Militar. Um ambiente democrático como uma universidade pública, teve o seu espaço violado pela brutalidade da PF e pela presença de alguém que abertamente defende limpeza étnica na Palestina. Se nós, estudantes, não podemos manifestar nossa inquietação com esta barbaridade, então estamos sendo impedidos de nos posicionar no nosso local de estudo e trabalho.
Na tentativa de defender o indefensável, a reitoria, durante a manifestação da tarde de quinta-feira, pediu aos estudantes para analisar a universidade como um campo de pluralidade de ideias, no entanto, pluralidade e discordância de pensamentos não estão interligados com a defesa de crimes contra os direitos humanos e a democracia, não podemos deixar que este tipo de pensamento se instaure na sociedade. Essa é parte da luta de enterrar o bolsonarismo no Brasil combatendo a extrema-direita.
Por isso, nos solidarizamos com o Christofer que foi preso por 3 horas em um camburão da polícia, algemado em meio ao calor amazônico. Convocamos todos para a Jornada dos Movimentos Negros Contra a Violência Policial no dia 24 de Agosto.
ABAIXO O ESTADO DE ISRAEL!
PALESTINA LIVRE!
FIM DA VIOLÊNCIA POLICIAL E DO GENOCÍDIO NEGRO!