Flotilha da Liberdade: Romper o cerco é uma responsabilidade internacional que não pode ser adiada

Flotilha da Liberdade: Romper o cerco é uma responsabilidade internacional que não pode ser adiada

A seguinte carta foi lançada por iniciativa da Samidoun Rede de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos e do Movimento Caminho Palestino Revolucionário Alternativo “Masar Badil” no Brasil e Movimento de Mulheres Palestinas – Alkarama

8 jun 2025, 14:06

Diante de um brutal regime colonial que segue impondo um cerco criminoso a mais de duas milhões de pessoas na Faixa de Gaza, navega hoje a Flotilha da Liberdade como um grito de insurreição internacional contra o silêncio oficial e a cumplicidade omissa dos regimes e instituições internacionais. Este navio, que leva o nome de “Madleen”, não é apenas uma iniciativa simbólica — é um ato político de resistência popular que declara, sem margem para dúvida, que romper o cerco não é mais exclusivamente uma questão humanitária, mas uma batalha de libertação global contra o fascismo sionista renovado.

Doze ativistas, de diferentes origens, estão agora a bordo desta flotilha navegando diretamente rumo ao território sitiado, apesar das ameaças abertas de prisão e deportação por parte do regime sionista. Essas ameaças não são apenas uma agressão à liberdade de movimento e à ação humanitária, mas uma afronta descarada à consciência global e ao direito de resistir a um regime colonial que desafia todos os tratados internacionais há décadas.

O que ocorre em Gaza não é apenas um cerco — é um crime de genocídio contínuo, tratado pelo chamado “mundo civilizado” com uma naturalidade inaceitável. O silêncio nesse momento é traição. A neutralidade é cumplicidade. E confiar nas instituições internacionais oficiais, que provaram sua total impotência em prevenir e cessar o genocídio, é seguir reproduzindo a lógica imperialista de dominação e subjugação, imposta pelas grandes potências lideradas pelos Estados Unidos, que garantem a supremacia do projeto sionista com armas, dinheiro e apoio político.

Não precisamos de mais notas de repúdio, nem de conferências vazias. Precisamos de ações populares diretas, de uma escalada internacional organizada; bloquear embaixadas sionistas, boicotar empresas cúmplices da ocupação, paralisar portos que exportam armas para Israel, apoiar os movimentos de libertação palestinos e se unir a todas as formas de resistência civil que afirmam: basta de submissão.

Esta Flotilha da Liberdade é a materialização da vontade dos povos, continuidade da flotilha de 2010, na qual dez mártires a bordo do navio Mavi Marmara foram assassinados pelas forças de ocupação. Ninguém foi responsabilizado, ninguém foi punido. O sistema que domina o mundo foi construído com base na força, não na justiça. Mas os povos podem romper com essa lógica — desde que escolham agir, não somente testemunhar.

Sim, Israel ameaça. Sim, pode prender, deportar, atacar. Mas cada algema no pulso de um ativista nesta Flotilha é mais uma prova da brutalidade do regime e do fracasso de sua propaganda enganosa. E cada milha percorrida a caminho de Gaza é um convite aberto à insurreição popular contra o colonialismo, o silêncio e a derrota moral.

Diante disso, declaramos:
A mobilização internacional, imediata e efetiva, para romper o cerco a Gaza não é uma escolha — é um dever revolucionário.
E a história não perdoará os omissos.

Samidoun Rede de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos
Movimento Caminho Palestino Revolucionário Alternativo “Masar Badil”
Movimento de Mulheres Palestinas – Alkarama


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Autores

Camila Souza