‘Terroristas’: Ben-Gvir planeja tratar ativistas da Flotilha para Gaza como criminosos
Plano do ministro da Segurança israelense prevê prisões em condições degradantes e confisco de navios de solidariedade internacional rumo a Gaza
Foto: Reprodução
O governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu, sob a condução do ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir, traça um plano brutal para reprimir a maior flotilha humanitária já organizada rumo a Gaza. Com mais de 200 ativistas de 44 países – entre eles a ativista climática Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e os companheiros do MES/PSOL Gabi Tolotti, Mariana Conti e Nicolas Calabrese – a expedição denuncia o bloqueio imposto contra o povo palestino e busca romper o cerco militar.
Em vez de diálogo ou reconhecimento da legitimidade da ação humanitária, Ben-Gvir pressiona por uma estratégia de vingança e dissuasão: prender os participantes em condições reservadas a acusados de terrorismo, sem acesso a rádio, televisão, refeições dignas e em regime prolongado de encarceramento. Mulheres seriam levadas à prisão de Damon, e homens a Ktzi’ot, tristemente conhecidas pelo tratamento degradante a presos palestinos.
Além disso, Israel cogita confiscar os navios da Flotilha e convertê-los em embarcações policiais, militarizando ainda mais o controle marítimo e criminalizando a solidariedade internacional. Fontes próximas a Ben-Gvir chegaram a declarar que, após semanas nessas prisões, “eles vão se arrepender do dia em que chegaram aqui. Precisamos eliminar o apetite por uma nova tentativa”.
Enquanto Netanyahu e seu chanceler Gideon Sa’ar celebram o que chamam de “gestão diplomática” do episódio anterior com Greta Thunberg, a verdade é que o plano em discussão representa mais uma escalada de violência e repressão contra aqueles que ousam desafiar o apartheid israelense.
Com informações do Israel Hayom