Câmara de Campinas rejeita tentativa de cassação de Mariana Conti
Vereadora do PSOL foi alvo de perseguição política após participar de missão humanitária na Faixa de Gaza
Foto: Câmara Municipal de Campinas
A Câmara Municipal de Campinas rejeitou, na noite de quarta-feira (29), a abertura de uma Comissão Processante (CP) contra a vereadora Mariana Conti (PSOL). O pedido, apresentado pelo vereador Nelson Hossri (PSD), acusava a parlamentar de infração político-administrativa por ter se licenciado do cargo para integrar uma missão humanitária na Faixa de Gaza.
Com 21 votos favoráveis ao arquivamento, 8 pelo prosseguimento da denúncia e duas abstenções, o resultado representou uma derrota para a ala mais alinhada ao prefeito Dário Saadi (Republicanos) e à extrema direita da Câmara.
A sessão ocorreu sob clima de tensão, com o plenário lotado por apoiadores e opositores da vereadora. Após longos debates, a maioria dos parlamentares reconheceu que não houve qualquer irregularidade na licença, concedida sem remuneração e em conformidade com a Lei Orgânica do Município e o artigo 56 da Constituição Federal.
Em sua defesa, Mariana Conti classificou a denúncia como uma tentativa de silenciamento político.
“Foi uma perseguição motivada por divergências ideológicas. Minha licença foi legal, transparente e motivada por um compromisso humanitário”, afirmou.
O arquivamento da denúncia encerra um dos episódios mais turbulentos do Legislativo campineiro neste ano e reforça o respaldo político e popular à atuação da vereadora, conhecida por sua militância em defesa dos direitos humanos e das causas sociais.