Foto: Sepe-Valença/Reprodução

Sob sol forte e faixas erguidas no centro de Valença, professoras, professores e funcionários da rede municipal fizeram uma paralisação combativa na terça-feira (3) para exigir que o governo cumpra a data-base da categoria. Sem reajuste garantido e enfrentando sucessivos ataques às condições de trabalho, a categoria deixou claro: sem valorização, não haverá fechamento do ano letivo.

A mobilização ganhou força após assembleia no Adro da Catedral, onde centenas de profissionais aprovaram uma paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (4), quando será realizada nova assembleia às 8h. E o recado ao prefeito foi direto: se não houver anúncio de reajuste para todos os trabalhadores, a greve por tempo indeterminado começa já na próxima segunda-feira (8)).

Entre os dias 5 e 6, incluindo o sábado letivo, as equipes das escolas farão um mutirão de diálogo com a população para explicar por que a luta dos educadores é também uma luta pela qualidade da educação pública.

Durante o protesto, uma comissão do Sepe foi recebida pelo secretário de Administração, Wallace Pavão, e pela secretária de Fazenda, Denise Souza. Embora tardiamente, o governo municipal reconheceu a pressão e sinalizou com a possibilidade de reposição da data-base de 2025 – afirmando que os 6% anunciados seriam publicados, no mesmo dia, no boletim oficial.

A prefeitura prometeu ainda apresentar uma resposta formal até a assembleia desta quinta. Mas, para a categoria, não há mais espaço para promessas vagas. O que está em jogo é o salário de trabalhadoras e trabalhadores que seguram a educação pública todos os dias, mesmo sem condições adequadas.

A mobilização segue firme, e a comunidade escolar está sendo chamada a defender, junto aos profissionais, uma pauta que vai muito além de porcentagens: respeito, valorização e compromisso real com a educação pública de Valença.

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