PSOL apoia os metalúrgicos da Gerdau Charqueadas
Na manhã desta quarta-feira (13) a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) esteve junto com os metalúrgicos da Gerdau de Charqueadas denunciando o descaso da empresa com os trabalhadores. Com lucros milionários, a mesma alterou a jornada de trabalho e gerou perdas de até 40% nos salários dos seus operários.
Na manhã desta quarta-feira (13) a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) esteve, juntamente com os dirigentes do PSOL Etevaldo Teixeira e Antônio Neto, com os metalúrgicos da Gerdau de Charqueadas denunciando o descaso da empresa com os trabalhadores. Representantes dos metroviários também estavam presentes.
Com lucros milionários, a empresa alterou a jornada de trabalho e gerou perdas de até 40% nos salários dos seus operários. “Seguimos na luta ao lado dos trabalhadores, em especial o sindicalista Luizão, que sofreu tentativas covardes de silenciamento por parte da empresa. Estamos junto com os metalúrgicos na luta em defesa dos seus direitos, com negociações justas e não perseguições,” destacou a deputada.
O sindicalista foi processado, criminalmente, após a Gerdau alegar que suas manifestações sobre as questões trabalhistas podem “manchar a honra da empresa”, que registrou lucro líquido de R$ 4,6 bilhões somente no último trimestre 2021, mas paga um salário de fome aos seus trabalhadores.
Em diálogo com os trabalhadores ocuparam a fábrica buscando avançar nas negociações, a deputada ouviu relatos de muito apoio por parte dos demais funcionários, que por diversas vezes acabam tendo medo de se juntar ao movimento.
“O seu Gerdau vai nas esferas políticas e midiáticas dizer que que quer o desenvolvimento do país e o bem dos trabalhadores. É tudo mentira, pois no chão da fábrica o que tem é repressão e exploração”, criticou Luciana Genro.
Relembre essa luta
Um grupo de sete trabalhadores ocupou a fábrica da empresa em setembro de 2021, na luta contra a alteração da jornada de trabalho determinada de forma unilateral. A reivindicação deles era somente a negociação, a qual não foi considerada pela empresa.
O chamado “turno fixo” imposto pela Gerdau pode reduzir em até 35% o salário da categoria, que recebe em média R$ 2.500 mensais como funcionários da empresa. Ao longo dos dias de mobilização, estes trabalhadores sofreram uma série de perseguições da empresa, que proibiu acesso ao refeitório, fazendo com que dependessem de doações dos familiares para se alimentar.
A Gerdau ainda cortou o fornecimento de água quente nos chuveiros dos vestiários, disponibilizando aos sindicalistas apenas banho frio. Também foram retirados os bancos do pátio interno, fazendo com o que os trabalhadores tivessem que sentar no chão.