Parlamentares do PSOL cobram ação de agência reguladora por denúncias contra a Sabesp
Sâmia Bomfim, Monica Seixas e Luana Alves oficiaram a Arsesp exigindo investigações sobre tarifas abusivas, contaminação da água e falhas no saneamento
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) – em conjunto com a vereadora Luana Alves e a deputada estadual Monica Seixas, ambas do PSOL – enviou um ofício à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) cobrando providências urgentes contra irregularidades nos serviços prestados pela Sabesp logo nos primeiros dias do ano. As parlamentares denunciaram aumentos abusivos nas tarifas de água, contaminação por esgoto, falhas na distribuição e impactos ambientais causados pela companhia que foi privatizada em julho de 2024.
O documento foi endereçado ao diretor da Arsesp para Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Saneamento Básico, Gustavo Zarif Frayha, e ao superintendente de Fiscalização da agência, Luiz Antonio de Oliveira Junior. No texto, elas destacam quatro problemas principais que foram relatados aos seus mandatos e tiveram ampla repercussão na imprensa:
- Aumento abusivo nas contas de água
Moradores de bairros periféricos, como Vila Leopoldina (Zona Oeste) e Jardim Helena (Zona Leste), relataram cobranças indevidas e o cancelamento da tarifa social. Um dos casos mais alarmantes foi o de uma moradora que recebeu uma conta de R$ 10 mil, conforme o portal G1.
- Contaminação da água por esgoto
Casos de contaminação foram registrados no litoral paulista e até no edifício Martinelli, no centro de São Paulo, onde servidores da prefeitura sofreram diarreia e vômitos após consumo de água imprópria. (Fonte: Folha de S.Paulo)
- Falhas na rede de distribuição
Em Taubaté, um vazamento da Sabesp causou rachaduras em casas do Jardim Independência. Além disso, moradores da cidade relataram que a água tem cor amarela e cheiro forte. (Fonte: G1)
- Impacto ambiental
No Vale do Paraíba, falhas no tratamento de esgoto resultaram na contaminação do Rio Paraíba do Sul, provocando a morte de peixes e danos ao ecossistema. (Fonte: O Vale)
Diante desses casos, o ofício solicita que a Arsesp abra investigações urgentes para apurar a origem e a responsabilidade dos problemas e, caso as irregularidades sejam confirmadas, aplique sanções e penalidades contra a companhia.
“As denúncias que recebemos e os relatos da imprensa demonstram um padrão preocupante de descaso e falta de transparência na gestão da Sabesp. A privatização da empresa beneficiou apenas os acionistas, enquanto a população sofre com tarifas abusivas, água contaminada e serviços precários”, afirmou Sâmia.
Como está a sua água?
Além da cobrança formal à agência reguladora, Sâmia também abriu um canal de denúncias para que a população possa apontar problemas relacionados à água e ao saneamento básico em todo o estado de São Paulo. O levantamento será anexado ao ofício enviado à Arsesp.
“Não vamos aceitar isso caladas! Nunes e Tarcísio fizeram da Sabesp moeda de troca com seus amigos empresários, e agora fecham os olhos para as consequências que o povo está sofrendo. Seguiremos cobrando respostas e exigindo mudanças”, disse a deputada.
As reclamações podem ser registradas na página Como Está a Sua Água.