Greta Thunberg, exemplo de militância antisistêmica
Greta não é apenas uma ativista ambiental, mas uma militante de causas globais, que entende que o destino da humanidade está atado ao enfrentamento do imperialismo, da opressão e da destruição do planeta
Greta Thunberg, jovem sueca de apenas 22 anos, conhecida mundialmente pela coragem de enfrentar os poderosos e exigir medidas concretas contra a catástrofe climática, encontra-se hoje detida pelas forças de Israel por liderar a Flotilha Global Sumud rumo a Gaza. Esse episódio só reforça sua dimensão histórica: Greta não é apenas uma ativista ambiental, mas uma militante de causas globais, que entende que o destino da humanidade está atado ao enfrentamento do imperialismo, da opressão e da destruição do planeta.
É exatamente esse exemplo que deveria servir de farol à juventude de hoje. Mas, infelizmente, o que mais vemos são setores que preferem se enclausurar em seus micromundos, preocupados apenas com pequenas disputas triviais locais. Uma militância que se nega a se engajar em coletivos nacionais e que enxerga no combate a organizações como o Juntos a sua maior tarefa. Essa postura é um desastre: despolitiza gerações inteiras de possíveis militantes, fragmenta o movimento estudantil e rebaixa sua energia à insignificância.
É estarrecedor ver uma juventude que, em vez de pensar em estratégia, tática e concepção de organização, se limita a um CREDO apolítico de “anti-centralismo”, como se a vida fosse um conto de fadas, restrito a um centro acadêmico ou a um grupelho local. Essa militância sem horizonte rapidamente descamba para o endireitamento: cansados do vazio da política despolitizada, acabam facilmente capturados pelo discurso fácil e pragmático da ordem.
Ser parte de um coletivo nacional ou regional é o mínimo que se pede a quem se diz militante. Não existe transformação social verdadeira sem organização e sem construção coletiva. O individualismo político é o caminho mais curto para a derrota.
Essa lógica do micromundo não aparece apenas no movimento estudantil, mas também nos sindicatos ditos “de esquerda”. Sindicato que não está hoje com a causa palestina, que não levanta solidariedade internacionalista contra o genocídio, é cúmplice do CREDO despolitizante. Ao priorizar apenas a pauta salarial e a “data-base”, esses sindicatos reforçam a fé no legalismo, no voto fácil, no carreirismo político, em vez de formar uma classe trabalhadora capaz de romper com o sistema.
Por isso, é urgente segurar e difundir o exemplo da militância de Greta Thunberg, talvez a figura mais antisistêmica do nosso tempo. O fato de ser odiada por Israel e por Donald Trump, o chefe-mor da extrema direita mundial, só comprova que Greta está no caminho certo. Sua coragem em enfrentar chefes de Estado, corporações bilionárias e agora até mesmo o aparato militar israelense deve servir de inspiração para toda uma geração.
E não está sozinha. Gabi Tolotti, presidenta do PSOL no Rio Grande do Sul; Mariana Conti, vereadora do PSOL em Campinas; e Nico Calebrese, da Rede de Cursinhos Populares Emancipa – todos militantes ou formados no coletivo Juntos – também estão detidos por Israel por estarem na Flotilha Global Sumud junto de Greta.
Que o mundo saiba: nem todos sucumbem ao CREDO despolitizante!
Viva Greta!!
Viva Gabi!!
Viva Mariana!!
Viva Nico!!
Viva a IV Internacional!!
Viva a Flotilha Global Sumud!!
ABAIXO O CREDO!!