Tarcísio e Derrite denunciados ao Tribunal de Haia
Parlamentares do PSOL representaram contra governador e secretário de Segurança de SP na Corte Internacional por mortes em ações policiais
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
A necropolítica do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) merece punição – especialmente quando o assunto é violência policial. Só nas operações “Escudo” e “Verão”, realizadas na Baixada Santista desde o ano passado, mais de 80 pessoas morreram. Contudo, nem o governador nem o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, foram responsabilizados.
Esse foi o fato que levou três parlamentares do PSOL a apresentar denúncia contra ambos no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia (Holanda), por crimes contra a humanidade. A acusação, elaborada pela deputada federal Luciene Cavalcante; pelo deputado estadual Carlos Giannazi; e o vereador Celso Giannazi foi entregue na terça-feira (9).
A denúncia destaca as violações de direitos cometidas por agentes da Polícia Militar de São Paulo, que “aumentaram exponencialmente” depois que Tarcísio e Derrite assumiram seus cargos, em janeiro do ano passado. O documento ainda cita o descaso do governador a respeito de denúncias sobre a atuação da PM e o aumento da letalidade.
“O pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta que eu não tô nem aí”, disse Tarcísio, em março.
Em nota enviada ao portal Brasil de Fato, a secretaria argumenta que “todos os casos de morte decorrente de intervenção policial são rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar, com o acompanhamento das respectivas corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário”.