@maduro via Fotos Públicas

Ante uma grande onda de protestos iniciada nesta segunda-feira (26), em Caracas, na Venezuela, contra a reeleição presidencial de Nicolás Maduro, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu um alerta para brasileiros residentes, em trânsito ou com viagem marcada para o país. O comunicado consular alerta para que os cidadãos se mantenham informados sobre a situação de segurança nas áreas onde se encontram e que evitem aglomerações. 

Conforme o grupo de ativistas de direitos humanos Foro Penal, pelo menos sete venezuelanos morreram e 46 foram detidos durante os protestos na capital venezuelana, em meio a apelos da oposição e da comunidade internacional para que as contagens completas dos votos sejam divulgadas.

Os manifestantes contestam o resultado do pleito do último domingo (28), quando Maduro foi anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela vencedor com 51,21% dos votos contra 44% de Edmundo González, o segundo colocado. A oposição acusa ter havido fraude nas urnas e uma multidão foi às ruas para protestar, sendo reprimidos pelas forças de segurança do governo com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. 

“A Embaixada do Brasil, em Caracas, permanece atenta à situação das cidadãs e dos cidadãos brasileiros no país e disponibiliza, em caso de emergência envolvendo seus nacionais, o seu plantão consular, +58 414-3723337 (com WhatsApp)”, informou o Itamaraty.

Ainda de acordo com o alerta, o plantão consular geral do Ministério das Relações Exteriores pode ser contatado pelo telefone +55 (61) 98260-0610.

Por transparência

Segundo a líder oposicionista María Corina Machado, adversários do atual presidente tiveram acesso a 40% das atas eleitorais que mostrariam a vitória de González. Corina Machado pediu, então, uma medida das Forças Armadas.

Há a expectativa de que o CNE publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, seria possível verificar se as atas em poder do conselho são as mesmas impressas na hora da votação e que foram distribuídas aos fiscais da oposição ou aos observadores nacionais e internacionais.  

Um dia após as eleições, o governo venezuelano decidiu expulsar representantes diplomáticos de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, que contestaram o resultado das urnas.

*Com informações da Agência Brasil

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