Foto: Assembleia de trabalhadores da PepsiCo em São Paulo (STILASP/Reprodução)

Em assembleias realizadas nas fábricas de São Paulo e Sorocaba, os trabalhadores da Pepsico decidiram manter a greve pelo fim das escalas 6×1 e 6×2. A PepsiCo é uma multinacional controladora de marcas como Pepsi e Elma Chips.

É a primeira greve do Brasil impulsionada pela luta contra esta escala de trabalho, que ganhou destaque recentemente através das mobilizações do movimento VAT (Vida Além do Trabalho) e do abaixo-assinado que já obteve quase 3 milhões de assinaturas em apoio ao fim da escala.

A greve teve início no último domingo (24/11) e foi motivada pela intransigência da empresa, que se recusou a debater mudanças na jornada de trabalho. Segundo o STILASP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo) declarou em comunicado:

Na última reunião, realizada no dia 22, a empresa ignorou nossa proposta, reafirmando um comportamento que consideramos inaceitável, visto que estamos passando por uma mobilização nacional pelo fim de jornadas de trabalho desumanas.

O STILASP conclamou pelo apoio do conjunto da população para a greve e convocou a sociedade civil para as assembleias, se realizaram com forte apoio externo. Segundo a vereadora de São Paulo Luana Alves (PSOL), que esteve presente na assembleia:

A PepsiCo é uma empresa multibilionária, multinacional, que só no último trimestre teve 3 bilhões de lucro mundialmente e se recusou a fazer uma proposta decente de redução da jornada de trabalho por uma escala mais digna e humana. Então permanece a greve, tá muito bonito esse movimento (…) Toda força a greve dos trabalhadores da PepsiCo e contra a escala 6×1 em nosso país!

Este é um movimento exemplar para todo o país, fortalecendo uma luta que pode vencer. Todo apoio à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Pepsico!

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